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Desconto: os 20 carros mais vendidos no programa de incentivo do governo

Por meio do programa, foram vendidos 93,5 mil carros e utilitários leves

Onix: veículo está na lista (Chevrolet/Divulgação)

Onix: veículo está na lista (Chevrolet/Divulgação)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 4 de julho de 2023 às 18h45.

O governo ampliou de R$ 500 milhões para R$ 800 milhões a concessão de créditos tributários para a indústria automobilística reduzir os preços dos veículos novos. A adesão ao programa automotivo foi rápida e o dinheiro disponível acabou.

Por meio do programa, foram vendidos 93,5 mil carros e utilitários leves. A Jato Dynamics, consultoria especializada no setor automotivo, fez um levantamento com os 20 veículos mais vendidos com desconto. No topo do ranking está o Polo, da Volkswagen com 9.746 unidades comercializadas. Na versão mais simples, o Polo Track teve desconto de mais de R$ 7.000 reais. E o carro foi vendido por R$ 74.990.

O segundo carro mais vendido com desconto foi o Onix, com 8.258 unidades. A Chevrolet passou a vender a versão manual do carro por R$ 74.390. Um desconto de 6 mil reais em relação ao preço original, que era R$ 84.390.

O terceiro mais vendido foi o Fiat Strada, com 7.519 unidades. Nas versões Endurance e Freedom de cabine, os modelos foram para R$ 95.990 e R$ 100.990, o que representa um desconto de R$ 4.000 e R$ 5.000. Veja tabela abaixo:

ModeloQuantidade 
Polo9.746
Onix8.258
Strada7.519
Mobi6.894
Argo6.747
Onix SD6.419
HB206.173
Kwid5.927
Cronos4.968
Saveiro4.427
C32.930
2082.718
Pulse2.507
Fiorino2.242
Virtus2.186
Renegade2.006
T-Cross2.004
Yaris HB1.660
HB20S1.198
Kicks1.162

Setor quer mais

O setor automotivo considerou o programa um sucesso e quer que os benefícios sejam ampliados. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), por exemplo, afirmou que a iniciativa foi muito positiva e que as vendas de veículos de junho cresceram 6,5% frente ao mesmo mês do ano passado. Segundo,  José Maurício Andreta Júnior, presidente da entidade, após um período de paradas de fábricas e estoques elevados, o programa fez o coração do setor voltar a bater e que "trabalho precisa ter sequência".

Esta semana, Geraldo Alckmin vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), disse que o programa é temporário. "A adesão ao programa automotivo foi enorme, o dinheiro acabou em quatro semanas praticamente. Foi complementado e continua o desconto. Isso vai passar. Os juros devem cair, os juros de mercado já estão caindo. Na hora que os juros caem, a maioria da população volta a comprar a prazo e reativa (a indústria)."

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