Minhas Finanças

De olho em portabilidade, Santander baixa taxa de previdência privada

Taxa de administração cai de 2% ao ano para 1%; conta pode ser aberta com aportes mensais a partir de 30 reais

Santander: Atualmente, taxa média cobrada pelos grandes bancos para a previdência privada é de 1,8% ao ano (Gustavo Kahil/Site Exame)

Santander: Atualmente, taxa média cobrada pelos grandes bancos para a previdência privada é de 1,8% ao ano (Gustavo Kahil/Site Exame)

JE

Juliana Elias

Publicado em 29 de agosto de 2019 às 14h46.

Última atualização em 27 de setembro de 2019 às 19h19.

São Paulo - O banco Santander anunciou a redução da taxa de administração de seu plano de previdência privada para novos clientes. Hoje de até 2% ao ano, a taxa máxima passará a ser de 1% ao ano. Isso, de acordo com o banco, o coloca à frente das taxas médias praticadas no mercado e, para o cliente, amplia os ganhos em mais de 20% no longo prazo. Os valores mínimos para abrir a conta são de 30 reais por mês.

Além de captar aqueles que têm poupança baixa e estão hoje fora da previdência privada, o Santander quer também atrair clientes de outros concorrentes por meio da portabilidade de contas.

A migração, que ficou bem mais conhecida nos serviços de telefonia, já existe sem custos também para contas de previdência privada, mas ainda é pouco usada pelos investidores. Dados de mercado dão conta de que menos de 3% deles mudam a sua conta de previdência para outro banco ou seguradora ao ano.

As taxas mais baixas são também uma resposta à queda dos juros no país, dado que quase 90% dos recursos da previdência privada estão em investimentos de renda fixa e estes caem junto com os juros. Isso reduz também a folga dos gestores de cobrarem taxas anuais muito altas sobre a rentabilidade dos clientes.

“Queremos puxar a concorrência e fazer os bancos repensarem seus spreads”, disse o diretor de investimentos do Santander, Gilberto Abreu.

De acordo com dados de mercado compilados pelo Santander, 84% de todo o dinheiro hoje em previdência privada está em investimentos de renda fixa, sendo que cerca de 35% do total está em fundos que cobram mais de 1% de taxa de administração anual. Entre estes, calcula o Santander, a taxa média praticada hoje é de 1,8% ao ano.

Simulação feita pelo banco mostra que o cliente que poupar 30 reais por mês, considerando os níveis atuais de juros e a taxa de administração de 2%, chegaria ao fim de 30 anos com 20 mil reais. Com a redução da taxa para 1%, esse saldo final sobe para 24 mil reais, ou 20% mais.

Quanto maior o valor investido do cliente com o Santander, menor a taxa, que poderá chegar até 0,5% ao ano para aquele com os tíquetes mais altos.

A redução das taxas da previdência privada do Santander não é automática para quem já possui plano com o banco. Estes continuam pagando as cobranças antigas, que iam de 1%, para clientes do segmento private, a 2% no varejo. Para entrar para os contratos com as novas taxas, mais baixas, é necessária solicitar a migração para o banco, o que é feito sem custos nem perdas para o que o cliente já tiver investido.

Acompanhe tudo sobre:Investimentos-pessoaisPrevidência privadaSantander

Mais de Minhas Finanças

Petrobras aprova pagamento de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários

Receita abre nesta sexta-feira consulta ao lote residual de restituição do IR

Mutirão de negociação: consumidores endividados têm até dia 30 para renegociar dívidas

Black Fralda dará descontos de até 70% em produtos infantis e sorteio de R$ 500 em fraldas