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Crédito imobiliário sobe 23% no 1º semestre

Aumento ocorre mesmo com as incertezas econômicas criadas com a greve dos caminhoneiros e com a aproximação das eleições

Crédito imobiliário no Brasil tem mantido o ritmo de expansão, mesmo com as incertezas econômicas criadas com a greve dos caminhoneiros (Stepan Kravchenko/Bloomberg)

Crédito imobiliário no Brasil tem mantido o ritmo de expansão, mesmo com as incertezas econômicas criadas com a greve dos caminhoneiros (Stepan Kravchenko/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 25 de julho de 2018 às 11h45.

Última atualização em 25 de julho de 2018 às 12h08.

São Paulo - O crédito imobiliário no Brasil tem mantido o ritmo de expansão, mesmo com as incertezas econômicas criadas com a greve dos caminhoneiros e com a aproximação das eleições, o que pode fazer o setor ter um desempenho melhor do que o esperado, segundo a entidade que representa as financiadoras do setor, Abecip.

A entidade anunciou nesta quarta-feira que os financiamentos para compra de imóveis na primeira metade do ano cresceram 23 por cento ante mesma etapa de 2017, para 25,3 bilhões de reais, considerando os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Dada a recente redução dos depósitos compulsórios e a perspectiva de maior entrada líquida de recursos da poupança, a Abecip avalia que sua previsão de alta de 10 por cento do setor neste ano pode ser superada, chegando a atingir até 16 por cento.

"Há uma perspectiva de sobra de recursos, o que tem deixado os bancos animados para continuar emprestando", disse nesta quarta-feira o presidente da Abecip, Gilberto de Abreu Filho.

Se confirmado, o movimento representará a primeira alta do setor em quatro anos. Após ter atingido o pico de 113 bilhões de reais em 2014, o volume de empréstimos pelo SBPE caiu fortemente desde então, até atingir 43 bilhões no ano passado, o menor nível em uma década.

Segundo Abreu Filho, alguns mercados imobiliários mais pujantes, como o de São Paulo, já têm mostrado sinais de recuperação, após construtoras passarem anos se concentrando em reduzir estoques antes de lançarem novos empreendimentos.

Para o executivo, a greve dos caminhoneiros em maio trouxe como uma das consequências o aumento dos juros futuros, o que pode no médio prazo levar os bancos a praticarem taxas maiores no crédito imobiliário e impactarem negativamente o setor. Mas por enquanto isso ainda não aconteceu e tudo pode depender do comportamento do mercado frente aos resultados das eleições presidenciais de outubro.

Além dos recursos da poupança, a Abecip prevê que o governo deve liberar volumes maiores do FGTS, recursos subsidiados do governo usados sobretudo para financiar a compra de imóveis populares. "Neste momento estamos vendo os bancos mais otimistas do que a própria cadeia da construção civil", disse Abre Filho.

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