São Paulo - As contas residenciais, como de água e luz, e as despesas com telecomunicações, como com TV por assinatura, internet e telefone ficaram 47% maiores neste ano, segundo levantamento do aplicativo de controle financeiro GuiaBolso.
Esse tipo de despesa abocanhou uma fatia de 9% do orçamento dos brasileiros no mês de agosto, um aumento de 73% em relação ao mês de janeiro, segundo a pesquisa Hábitos de Consumo do GuiaBolso.
De acordo com o levantamento, pesaram para o aumento desse tipo de gasto os reajustas de preços de energia, água e gás. No acumulado do ano, apenas a conta de luz subiu 48%, em média, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
As despesas com TV por assinatura, internet e telefone fixo também engordaram, passando a representar uma fatia de 8,4% do orçamento em agosto, ante 6,6% em janeiro.
Somadas, as contas residenciais e de TV, internet e telefone foram responsáveis por comprometer 17,4% da receita do brasileiro em agosto.
Para chegar aos resultados da pesquisa, o GuiaBolso analisou as contas de 75 mil usuários do app, que possuem renda média mensal de 1.874 reais.
Confira, na tabela a seguir, como as duas classes de despesas evoluíram ao longo dos primeiros sete meses de 2015.
Fonte: GuiaBolso
Regra dos 50, 15, 35
Com o aumento dos preços, encaixar todas as contas no orçamento ficou muito mais difícil, sobretudo para quem não tem o costume de fazer um planejamento financeiro. Para manter o orçamento no azul, mesmo com os preços mais salgados, o GuiaBolso recomenda a estratégia dos 50, 15, 35.
De acordo com a metodologia, uma parcela de 50% da receita mensal deve ser destinada aos gastos essenciais. Entre eles estão: aluguel, conta de luz, gás, telefone, escola, passagens de ônibus, gasolina, cursos de inglês, convênio médico, remédios, terapia e supermercado.
Outros 15% devem ser destinados às chamadas prioridades financeiras, que no caso de pessoas endividadas seriam as dívidas. O GuiaBolso lembra que, dependendo do tamanho das pendências financeiras, o percentual destinado à esta classe de gastos deve ser elevado para acomodar as parcelas da dívida.
Já para aqueles que não estão endividados, as prioridades seriam objetivos financeiros de médio e longo prazo, como a compra da casa própria ou a formação de uma poupança para realização de um curso ou uma viagem internacional.
Por fim, os 35% restantes seriam voltados às despesas relacionadas a estilo de vida, que seriam os gastos que não são essenciais, mas que são importantes para que você se divirta e aproveite a vida. Estão incluídos nessa classe gastos com bares e restaurantes, baladas, academia, salão de beleza, viagens, TV e revistas por assinatura e compras no shopping.
É importante ressaltar que as despesas com estilo de vida devem vir depois dos gastos essenciais e prioridades financeiras. Assim, o percentual de 35% pode ser reduzido para acomodar essas outras classes de gastos que são mais importantes.
Aplicativo
O app GuiaBolsoSeu extrai dados diretamente da conta corrente do usuário, de forma automática. Sem a necessidade de preencher as despesas e receitas, o aplicativo facilita o controle financeiro.
Para que os dados bancários sejam transferidos ao app, o usuário precisa informar o número da sua conta corrente e a senha. Mas, segundo os desenvolvedores do app, o GuiaBolso conta com o mesmo padrão de segurança dos sistemas de internet banking.
O app também permite que o usuário defina os valores que pretende gastar em cada categoria de despesa. Ao final de cada mês, ele informa em quais categorias os gastos excederam o valor planejado e em quais delas o saldo segue positivo.
Em dezembro 2014, o GuiaBolso foi o vencedor do prêmio INFO Start, que elege as melhores startups do setor de tecnologia. Em 2015, também recebeu o prêmio de melhor empresa B2C (voltada para o consumidor) da LATAM Founders, rede de executivos e investidores de tecnologia que conta com Linkedin e Airbnb entre seus membros. Atualmente, o aplicatico tem 1,2 milhão de usuários.
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1. Chega de desculpas
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São Paulo - Não consegue economizar ou vive no
cheque especial, mas nunca encontra tempo para colocar as finanças em ordem? A pedido de EXAME.com, Gustavo Cerbasi, especialista em educação financeira e autor do livro "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", criou um plano de 14 dias para quem deseja melhorar o
orçamento.
É necessário realizar apenas uma tarefa por dia durante duas semanas para mapear a situação financeira. O objetivo é controlar gastos e poupar para atingir metas pessoais, como a compra da casa própria, por exemplo. As dicas foram baseadas nas orientações compiladas por Cerbasi no livro "Como Organizar sua Vida Financeira", que será relançado em setembro desse ano. Conheça a seguir o plano de 14 dias para quem deseja se preparar contra eventuais imprevistos que tenham impacto no orçamento:
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2. 1º dia: organize comprovantes de renda e despesas
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2/16 (David Sacks/Thinkstock)
Calcule sua renda líquida mensal (já livre de eventuais descontos, como impostos) e os gastos realizados no último mês. Separe-os em grupos, como alimentação, saúde, moradia e lazer. Caso não tenha o registro de todas as despesas realizadas nesse período, inicie um monitoramento de entradas e saídas de dinheiro durante os próximos 30 dias, arquivando diariamente os comprovantes em uma pasta. O plano de ação para melhorar o orçamento deverá ser iniciado após essa análise.
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3. 2º dia: analise os gastos
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3/16 (ThinkStock/Nastco)
Se souber lidar com planilhas eletrônicas, como o Excel, ou
aplicativos que ajudam a gerenciar gastos, use essas ferramentas para se organizar. Caso não tenha o costume de utilizar esses recursos, relacione todos os seus gastos em um caderno e identifique onde você está gastando mais do que imaginava.
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4. 3º dia: planeje sua rotina para monitorar o orçamento
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4/16 (pressureUA/Thinkstock)
O ideal é que você não perca muito tempo com essa atividade. Prefira estratégias simples, como arquivar comprovantes por tipo de gasto e dedicar uma hora por mês para atualizar o seu orçamento.
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5. 4º dia: faça uma relação de todas as suas dívidas
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5/16 (George Doyle/Thinkstock)
Crie uma lista na qual você relacione todas as suas dívidas. Em cada uma, é necessário apontar o valor total do saldo devedor, o valor da prestação mensal (quando houver), nome do credor e o Custo Efetivo Total (CET) de cada linha de crédito. O CET mostra todos os encargos incluídos na dívida e é a melhor forma de analisar as taxas cobradas. Organize essa lista a partir da dívida mais cara para a mais barata, usando o CET como critério para esse ranking.
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6. 5º dia: defina seus objetivos financeiros
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6/16 (RomoloTavani/Thinkstock)
Crie uma lista de sonhos e objetivos pessoais que você pretende alcançar nos próximos seis meses, em um ano e após cinco anos. Faça as contas de quanto precisará poupar para alcançá-los.
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7. 6º dia: faça uma lista de corte de gastos
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7/16 (Tramvaen/Thinkstock)
Relacione todas as economias que você se propõe a fazer, com base na análise de seu orçamento, identificação do total de parcelas mensais de suas dívidas e o quanto gostaria de poupar. Trocar o carro atual ou até o próprio imóvel por outro mais em conta é uma estratégia eficaz. As metas devem ser relacionadas por escrito.
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8. 7º dia: se comprometa a aumentar sua renda
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Defina, por escrito, valores que você pretende levantar no curto prazo, seja vendendo bens que não usa e, se possível, realizando horas extras ou bicos. Defina um prazo para esse período, para que não se torne uma rotina. O ideal é executar esse objetivo durante três a quatro meses, no máximo.
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9. 8º dia: negocie dívidas
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9/16 (Thinkstock/Creatas Images)
Com base no seu plano de corte de gastos e aumento de ganhos, calcule quanto poderá gerar nas próximas semanas ou meses e entre em contato com seus credores para quitar as dívidas com CET acima de 2% ao mês e/ou substituir as dívidas mais caras por outras de CET mais baixo, com o objetivo de reduzir seu gasto com juros. Assuma prestações que você consiga pagar com tranquilidade, para não correr o risco de cair em dívidas não planejadas (
veja 10 passos para negociar sua dívida com o banco). Uma boa estratégia é vender bens de alto valor, como o carro.
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10. 9º dia: estude investimentos
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10/16 (ThinkStock/sjenner13)
Analise investimentos oferecidos pelo banco no qual você tem conta e por outras instituições financeiras. Dedique uma ou duas horas para entender como funciona cada aplicação financeira (
veja 10 livros essenciais para quem quer começar a investir). Preencha um questionário para identificar seu perfil de investidor.
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11. 10 º dia: defina metas de poupança
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11/16 (James Thew/Thinkstock)
Faça planos de quanto começará a poupar por mês assim que liquidar suas dívidas, caso tenha débitos que não foram planejados. Passe a poupar somente quando suas dívidas se limitarem a financiamentos planejados, com prestações que caibam confortavelmente no orçamento.
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12. 11º dia: escolha uma aplicação para a aposentadoria
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12/16 (ChickiBam/Thinkstock)
Marque uma reunião com um corretor de seguros para discutir o melhor plano de previdência para seu perfil ou busque uma aplicação financeira que seja mais adequada para objetivos de longo prazo (
veja 8 verdades que você deve encarar sobre a aposentadoria). Comprometa-se a iniciar as contribuições somente depois de quitar suas dívidas.
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13. 12º dia: automatize seus investimentos
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13/16 (Anatoliy Babiy/Thinkstock)
Ao iniciar aplicações e começar a guardar dinheiro, prefira que os depósitos mensais sejam feitos por débito automático. A ferramenta reforça a necessidade de ter disciplina, essencial para o sucesso de seu plano.
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14. 13º dia: organize documentos e senhas
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14/16 (gpointstudio/Thinkstock)
Com o planejamento definido, tire um tempo para organizar documentos do banco e guardar senhas de cartões, por exemplo. Defina também uma data a cada seis meses para que você estude as aplicações que seu banco oferece e possa compará-las com as de outras instituições financeiras.
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15. 14º dia: planeje o orçamento futuro
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15/16 (Thinkstock)
Para ter disciplina, você precisa saber o resultado de cada passo. Planilhas são recomendadas porque permitem projetar gastos futuros, incluindo consumo em datas festivas, para que você veja quanto dinheiro irá acumular e quando irá conseguir atingir seus objetivos financeiros. Tenha como hábito pensar no futuro e ajustar o orçamento atual quando ocorrer algum desequilíbrio.
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16. Agora veja 15 formas de controlar o seu orçamento
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16/16 (Raul Júnior/VOCÊ SA)