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Consórcio ajuda a planejar compra futura mas exige atenção

No primeiro semestre de 2013 houve 1,3 milhão de adesões aos consórcios, um aumento de 9,6% em relação a igual período do ano anterior

Venda de veículos: carros estacionados em pátio de concessionária (Ty Wright/Bloomberg)

Venda de veículos: carros estacionados em pátio de concessionária (Ty Wright/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2013 às 17h35.

Brasília – O sistema de consórcios tem crescido a cada ano e atingiu 5,47 milhões de consorciados em todo o país, no balanço de junho último. Os números foram divulgados pela Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (Abac). No primeiro semestre de 2013 houve 1,3 milhão de adesões aos consórcios, um aumento de 9,6% em relação a igual período do ano anterior. Os números de julho serão conhecidos no final deste mês.

A evolução contabilizada demonstra a confiança crescente da sociedade no sistema de consórcios para compras futuras, além de mostrar que o consumidor brasileiro está mais atento aos benefícios da educação financeira. Sai mais em conta uma compra planejada do que uma aquisição imediata, muitas vezes por impulso, com financiamento a juros altos, destacou o presidente da Abac, Paulo Roberto Rossi.

Essa conscientização, segundo ele, tem feito com que cada vez mais brasileiros optem por aquisições de bens duráveis – veículos, imóveis e eletroeletrônicos, por exemplo – por meio de consórcios, que operam sob regulamentação e fiscalização do Banco Central. A autoridade monetária disponibiliza, em seu endereço eletrônico na internet, a relação completa das administradoras de consórcios autorizadas a funcionar, suas empresas e grupos em andamento e presta informações, também, pelo telefone 0800 979 2345 da Central de Atendimento ao Público.

O Banco Central recebe denúncias de eventuais desrespeitos aos direitos do consumidor. Muitas delas, não bem fundamentadas, de acordo com a gerente do Departamento Jurídico da Abac, Elaine da Silva Gomes, porque alguns consorciados não se dão ao trabalho de ler os contratos de adesão, antes de assinar ou fazer qualquer pagamento. Este, por sinal, deve ser em cheque nominativo ou qualquer outra forma que permita prova, menos em dinheiro, como aconselha a assessoria do banco.

Além disso, Elaine Gomes recomenda que mesmo depois de constatar que a administradora está autorizada, é aconselhável que o consumidor tenha a precaução de ligar para os órgãos regionais de defesa do consumidor e verificar se há reclamações contra a empresa, bem como observar se o contrato de adesão está redigido de forma clara, uma vez que cria vínculos obrigacionais entre as duas partes.

A Abac também presta consulta para dirimir dúvidas, e ela mesma pode ser procurada diretamente, no telefone (11) 3231-5022, para esclarecer questões como a que foi levantada pelo paulista Wagner Reis Cândido. Ele disse que viu um anúncio na internet de oferecimento de contrato de cota da Marcas Reunidas Administradora de Consórcios, de Guaratinguetá (SP), liquidada extrajudicialmente pelo Banco Central em 2002. Perguntada a respeito, Elaine Gomes disse que precisa de mais elementos para se posicionar e pediu que o reclamante entre em contato com a Abac.

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