As brechas para os criminosos agirem são muitas, então é preciso se preparar e estudar mecanismos de prevenção mais fortes (TransUnioin/Divulgação)
Marcelo Sakate
Publicado em 9 de outubro de 2020 às 06h00.
Que a pandemia do novo coronavírus acelerou os hábitos de digitalização dos consumidores não é novidade. Mas junto veio o aumento das tentativas e ocorrências de crimes digitais. No Brasil, o roubo de dados de cartão de crédito e a cobrança fraudulenta são os crimes virtuais mais comuns desde que a Covid-19 se disseminou, segundo pesquisa conduzida pela TransUnion, empresa global de análise de informações.
No mundo, o ano deve registrar um aumento estimado de 10% a 15% nas perdas com fraudes online. Pagamentos suspeitos que são congelados até que se confirme a sua autenticidade devem somar 1 bilhão de dólares, segundo a companhia americana.
Um em cada quatro brasileiros (ou 26% do total de entrevistados) foi vítima de crime envolvendo cartões de crédito. Trata-se do dobro da taxa mundial, ambiente em que essa prática criminosa foi a nona mais frequente (veja o ranking abaixo).
No mundo, a liderança de crimes virtuais coube ao phishing, ou o roubo de dados pessoais por meio de links ou mensagens falsas: foi citado por 27% dos respondentes da pesquisa no meio do ano. Em alguns países, como Estados Unidos (31%) e Reino Unido (30%), essa fraude foi ainda mais frequente.
Veja abaixo os crimes virtuais mais comuns na pandemia:
“Os golpes podem ter impactos de longo prazo para os consumidores. Por exemplo, alguém que tenha contas online em diferentes sites e que poderá comprometê-las", diz Marcelo Leal, diretor da TransUnion Brasil.
Segundo o executivo, o caminho para reduzir os percentuais de fraudes bem-sucedidas -- principalmente pelo lado das empresas, mas com hábitos que consumidores podem adotar -- passa por novos métodos para a verificação de identidade, em complemento aos meios tradicionais de autenticação.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lançou uma campanha para informar e conscientizar a população sobre as tentativas de golpes financeiros, com o apoio da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e do Banco Central.
Veja abaixo as principais orientações e dicas para evitar prejuízos: