Pontos de venda: estudo definiu duas cestas de produtos distintas, de acordo com dois perfis de consumo (Paulo Whitaker/Reuters)
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Publicado em 20 de setembro de 2022 às 14h12.
Última atualização em 24 de setembro de 2024 às 16h47.
Na hora das compras, a localização do consumidor, o ponto de venda escolhido e as marcas consumidas têm um impacto direto no valor final das contas mensais. É o que mostra o estudo Guia de Preços de Supermercado, realizado pela Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) nas cidades de Belém, Goiânia, Porto Alegre, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, e divulgado nesta terça-feira, 20, pelo 16º ano consecutivo.
De acordo com a Proteste, o guia tem como objetivo indicar aos consumidores os supermercados mais baratos de cada região. Ao todo, a Proteste visitou 700 pontos de vendas e analisou mais de 92 mil preços. Para compor o estudo, foram definidas duas cestas de produtos distintas, categorizadas conforme dois perfis de consumo:
*As marcas líderes consideradas na cesta 1 foram definidas com base nos resultados da pesquisa Líderes de Vendas 2021, realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Segundo o estudo, na cidade do Rio de Janeiro, o consumidor que decidir comprar produtos de marcas líderes de venda poderá economizar até R$ 2.231,40 em um ano se optar por fazer suas compras no Guanabara, no bairro de Piedade, em vez de fazê-las na zona sul, no Leblon.
Em São Paulo, a economia é ainda mais expressiva, podendo chegar a até R$ 2.265,60, caso o consumidor prefira comprar mercadorias de marcas líderes de venda no Assaí de Cidade Dutra, em vez de realizá-las no Pão de Açúcar de Indianópolis, por exemplo.
Em Salvador, é possível poupar R$ 1.167,12 por ano se o consumidor escolher o Atacadão Atakarejo de Iapi, no lugar do HiperIdeal de Vila Laura, para fazer compras mensais voltadas às marcas líderes de venda.
Já em Porto Alegre, a economia anual chega a R$ 941,52 caso o consumidor opte por comprar produtos de marcas líderes de venda no Atacadão, no bairro Sarandi, em vez do Center Shop, localizado no centro histórico.
Na cidade de Belém, a economia fica em até R$ 1.195,12 se o consumidor escolher fazer compras no Atacadão, que fica no bairro de Agulha, em vez de comprar no Líder, localizado no Batista Campos.
Por fim, em Goiânia, o consumidor que decidir comprar marcas líderes no Assaí, localizado no Parque Amazônia, no lugar do Pro Brazilian, localizado no Setor Aeroporto, consegue economizar até R$ 1.250,52 em um ano.
No Rio de Janeiro, o consumidor que não seja apegado a marcas líderes de venda e opte pelos itens mais baratos do mercado pode ter uma economia anual de até R$ 3.035,40 caso escolha fazer suas compras no Guanabara da Penha, em vez de fazer no Supermarket do Recreio, por exemplo.
Em São Paulo, a economia é de R$ 2.888,76 se o consumidor preferir realizar suas compras no Assaí, localizado em Jurubatuba, em vez do supermercado Leve Tudo, no Campo Belo.
Na Bahia, é possível poupar R$ 2.279,64 por ano caso o consumidor faça compras no mercado GBarbosa, no bairro de Fazenda Grande do Retiro, em vez de ir ao HiperIdeal, no Stella Maris.
Em Porto Alegre, o valor economizado no ano chega a R$ 1.710,12 se as compras forem realizadas no Atacadão de Sarandi, em vez do Unisuper, localizado em Navegantes.
Em Belém, as compras mensais de marcas comuns podem representar uma economia anual de R$ 1.655,64 quando realizadas no Atacadão, no bairro da Agulha, em vez de serem feitas no Líder, no Batista Campos.
Já em Goiânia, se escolher o Assaí no lugar do Pratiko, o consumidor pode poupar, em um ano de compras, o valor de R$ 1.155,12.
Além das diferenças encontradas entre estabelecimentos, a pesquisa aponta exemplos de grandes variações de preço entre produtos vendidos em uma mesma cidade.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a esponja sintética, da cesta econômica considerada no levantamento (cesta 2), apresentou uma variação percentual de 443%. O item, sem levar em consideração a marca, pode chegar a custar 5 vezes o valor do preço mínimo. Já na cesta dos líderes de venda (cesta 1), a lã de aço de marca definida variou 181%.
No caso de São Paulo, o quilo do limão na cesta 1 variou 201%, chegando a custar 3 vezes o menor valor. O preço mínimo encontrado para o item foi de R$ 1,99, e o máximo, de R$ 5,99. Já na cesta 2, pilhas alcalinas tiveram variação de 487%, a maior variação encontrada no estudo.
Na cesta 1 em Salvador, a lã de aço apresentou uma variação de 156%, sendo o preço mínimo de R$ 1,58, e o máximo, de R$ 4,05. Pelo valor do preço máximo, então, seria possível comprar dois pacotes do item pelo preço mínimo - e ainda sobraria troco. A maior variação da cesta 2 encontrada na cidade foi de 327% para o adoçante líquido sucralose.
Em Porto Alegre, o quilo da mandioca na cesta 1 teve variação de 165%, com um preço mínimo de R$ 2,98 e máximo de R$ 7,89, chegando a custar 2,5 vezes o preço do mais barato. Na cesta 2, a variação da polpa de tomate foi de 283%, quase 4 vezes o preço do mais em conta, no caso do consumidor optar pela marca mais barata.
Para Goiânia, foi encontrada uma variação de até 164% no quilo da cebola na cesta 1. O preço mais barato para o item foi de R$ 2,99, e o mais caro, de R$ 7,89. Já na cesta 2, o destaque de maior variação ficou com o desodorizador sanitário (249%).
Em Belém, por fim, o destaque negativo de variações entre produtos foi para a alface crespa, que variou até 120% entre os preços mínimos e máximos na cesta 1. Na cesta 2, a discrepância que chamou atenção foi a do caldo de galinha, que teve variação de 157%.
Conforme o estudo, dependendo da localização, das marcas consumidas e do ponto de venda escolhido, é possível fazer uma economia considerável nas compras de mercado, reduzindo gastos mensais que fazem diferença no orçamento de muitas famílias ao longo de um ano.
A seguir, a Proteste ainda dá dicas do que fazer antes e durante as compras para evitar gastos adicionais:
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