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Compra e venda de imóveis têm alta de quase 6% em São Paulo

Entre julho do ano passado e junho de 2019, foram comprados e vendidos cerca de 613 mil imóveis no estado

São Paulo: estado registrou alta na compra e venda de imóveis (efrederiksen/Getty Images)

São Paulo: estado registrou alta na compra e venda de imóveis (efrederiksen/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 30 de setembro de 2019 às 15h54.

A compra e venda de imóveis aumentou 5,97% no estado de São Paulo no acumulado de 12 meses em comparação com o período anterior. É o que revela balanço do registro de imóveis divulgado nesta segunda-feira (30) pela Associação dos Registradores de Imóveis de São Paulo (Arisp) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Entre julho do ano passado e junho de 2019, foram comprados e vendidos 613, 3 mil imóveis no estado.

Os dados a partir das informações de cartórios mostram ainda que foram feitas 919,1 mil transferências de registro de imóveis em 12 meses até junho deste ano. Neste total estão incluídas as heranças, doações e partilhas de bens. A maior parte das transferências foram de terrenos, respondendo por 32,9%, e de apartamentos (31%).

O setor vem demonstrando melhora contínua desde 2016, quando as negociações chegaram ao nível mais baixo da crise. “Nós estávamos em uma curva ascendente em 2012 e em 2013, 2014, por conta da crise política e econômica, o mercado imobiliário sofreu. Então, tivemos uma curva descendente que só começou a ser revertida em 2016”, explicou a coordenadora de pesquisas da Arisp, Patrícia Ferraz. Em 2016, foram feitas 741,3 mil transferências de registro e 499,5 mil operações de compra e venda.

Inadimplência

Outro indicador que mostra melhora do ramo imobiliário, de acordo com Patrícia, é a queda no percentual de execuções nas alienações fiduciárias, transação em que o imóvel é dado como garantia de um empréstimo ou para financiamento do próprio bem. “As estatísticas da alienação fiduciária de imóveis mostram que tivemos um pico, um número muito grande de execuções em financiamentos imobiliários e empréstimos com base em imóveis, que cedeu. Cedeu com muita força desde o ano passado. O número de execuções iniciadas despencou”, enfatizou Patrícia.

Em outubro do ano passado, chegaram a ser registrados 166,5 mil processos de execução, quando a instituição financeira inicia a tomada de posse do imóvel devido ao não pagamento do empréstimo. No mês anterior, setembro, para cada 100 imóveis registrados após a compra com esse modelo de financiamento, 77 eram executados pelos bancos. Em junho de 2019, essa proporção caiu para 52,3%. Naquele mês, foram feitos 222,8 mil registros de imóveis comprados por alienação fiduciária.

“É muito importante a gente olhar se o mercado está bom pagador”, ressaltou Patrícia sobre os reflexos da queda da inadimplência no mercado de crédito e no custo dos financiamentos. “Quando a inadimplência cai, quando o mecanismo de recuperação de crédito é eficiente, a população. de modo geral, que precisa do financiamento para a aquisição da casa própria é beneficiada”, acrescentou.

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