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Compra de dólares ficará mais cara a partir desta terça

Governo eleva IOF para a compra de moedas estrangeiras em espécie de 0,38% para 1,1%; veja o que fazer se você tiver uma viagem marcada para fora


	Dólares: mesmo com IOF maior, ainda é mais barato comprar a moeda em espécie do que no cartão
 (Thinkstock/BrianAJackson)

Dólares: mesmo com IOF maior, ainda é mais barato comprar a moeda em espécie do que no cartão (Thinkstock/BrianAJackson)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2016 às 12h53.

São Paulo - A partir desta terça-feira, dia 03, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre a compra de dólares e outras moedas estrangeiras em espécie será elevado de 0,38% para 1,10%.  

As compras de moedas realizadas nos cartões de crédito, débito ou nos cartões pré-pagos, permanecem com alíquota de 6,38%.

O aumento faz parte do decreto 8.731, de 30 de abril de 2016, que foi publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (02). Além do aumento do imposto para compra de moedas estrangeiras, o decreto prevê outras medidas, como a aplicação de alíquota de 1% ao dia sobre operações compromissadas realizadas com debêntures por instituições financeiras.

Por meio de nota divulgada à imprensa, o Ministério da Fazenda afirmou que a medida deve elevar a arrecadação anual em 2,377 bilhões de reais. 

Vale a pena correr para comprar a moeda hoje?

Para Bruna Xavier, diretora de operações da Graco Exchange, quem tem dinheiro em mãos e tem viagens marcadas para fora deve aproveitar para comprar a moeda estrangeira ainda hoje para fugir do aumento do imposto. "Se o viajante está com os valores em mãos, o ideal é garantir", diz.

Bruna acrescenta que a Graco Exchange manterá o IOF a 0,38% até o final desta semana, arcando com a diferença de custos, para que os clientes não fiquem desassistidos diante da mudança repentina.

Mesmo que o IOF passe a ser mais alto a partir desta terça, o imposto não deve ser o único critério levado em consideração para a decisão sobre o melhor momento para comprar a moeda.

Em matéria recentemente publicada por EXAME.com, diversos especialistas e economistas afirmaram que o dólar ainda pode cair mais com os desdobramentos do processo de impeachment

Assim sendo, uma boa dica pode ser repartir a compra em diferentes datas, usando parte dos recursos para comprar a moeda ainda nesta segunda-feira, desfrutando do imposto menor, e outra parte para comprar a moeda depois e eventualmente aproveitar uma cotação menor do dólar, que ainda pode se desvalorizar se o processo de impeachment avançar (veja a agenda do impeachment no Senado).

A estratégia de fazer a conversão em diferentes datas é sempre recomendada por consultores financeiros porque ao formar uma cotação média, se algo inesperado ocorrer e a moeda norte-americana subir em vez de cair, por exemplo, o comprador evita o risco de precisar comprar a moeda de uma vez só a uma cotação desfavorável.

Compras em espécie ainda são mais vantajosas

Mesmo com o aumento do imposto, a compra de moeda em espécie ainda continua mais barata, já que o novo IOF de 1,1% ainda é bem inferior ao imposto de 6,38% que incide nas compras com cartões.

Contudo, apesar de ser mais cara, a compra da moeda por meio de cartões também tem algumas vantagens, conforme explica Bruna Xavier. "O  uso do cartão pré-pago é vantajoso no sentido de maior segurança e praticidade, já que ele permite realizar recargas à distância e pode ser cancelado em caso de perda ou roubo, evitando prejuízos", diz.

Como o cartão é mais prático e seguro e a moeda em espécie é mais barata, especialistas recomendam comprar parte dos recursos em espécie e parte nos cartões pré-pagos

Compare taxas ente diferentes corretoras

Uma dica essencial para economizar na compra de moedas estrangeiras é comparar as cotações e as taxas cobradas por diferentes casas de câmbio. 

A comparação pode ser feita por meio de sites, como o MelhorCambio.com, ou ainda por meio da ferramenta Ranking do VET, do Banco Central. Ela mostra o Valor Efetivo Total (VET) da conversão de moedas entre diferentes casas de câmbio, preço que engloba a taxa de câmbio, as tarifas e os tributos incidentes sobre a conversão e permite observar o custo final da compra.

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