Internauta quer se desfazer de seus papéis da Petrobras minimizando as perdas (Bruno Veiga/Divulgação/EXAME)
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 12h34.
Pergunta do internauta: Comprei 600 ações da Petrobras há quatro anos, pelo preço de 42 reais. Durante todo esse período não realizei mais nenhuma ordem. Percebo que não tenho o perfil para operar na Bolsa, realizando controles, ordens e correndo tanto risco. Estou em prejuízo, tanto pelo valor inicial investido quanto pelo retorno que eu deixei de ter se essa quantia estivesse investida em renda fixa. Percebo que a possibilidade de recuperação está a cada dia mais distante – ou é nula. O que fazer para sair o quanto antes e tentar minimizar o prejuízo?
Resposta do professor Ricardo José de Almeida*:
É melhor fracionar suas ações em três lotes de 200 ações e ir saindo aos poucos. Observe o Ibovespa e, a cada vez que o índice subir 7% em relação à cotação mais alta atingida, venda um lote de 200 ações. Por exemplo: suponha que o Ibovespa suba 7% ao longo do mês de julho e que você venda 200 das suas ações no fim do mês; a próxima venda deverá ocorrer quando o índice tiver subido mais 7% em relação ao patamar atingido ao final de julho. E assim por diante.
Pelo que percebo em sua pergunta, você não acredita que a Petrobras tenha uma boa perspectiva, e vender tudo de uma vez faria você perder as oscilações de pequenos otimismos dentro da crise. Colocando um percentual de alta para disparar a venda de 7% implica esperar que a Bolsa possa subir 22% até que você venda todas suas ações, ou seja, atinja 68 mil pontos. Isto já ocorreu recentemente quando surgiu um otimismo dentro da crise e pode se repetir. Espere esse momento chegar e aproveite para sair.
*Ricardo Almeida, professor de finanças do Insper, da FIA e da Fipe, doutor em administração e pesquisador do mercado de ações como alternativa de investimento para pessoas físicas