São Paulo - Uma pesquisa da consultoria americana Spectrem Group revela quais são as principais preocupações dos milionários  americanos ao escolher uma aplicação financeira.
	A grande maioria (91%) leva em conta o nível de risco associado ao investimento. Entre os milionários entrevistados, 60% se consideram como investidores que aceitam riscos moderados, enquanto 25% se classificam como investidores agressivos.
	O estudo “Financial Attitudes and Concerns” foi feito com investidores que têm patrimônio entre 1 milhão de dólares e 5 milhões de dólares. O cálculo não considera o imóvel de residência dos entrevistados. 
	Veja na tabela a seguir os principais aspectos levados em consideração por milionários ao investir, de acordo com a Spectrem:
	Fonte: Spectrem Group
	A diversidade da carteira de investimentos aparece como o segundo fator mais levado em conta pelos entrevistados ao selecionar investimentos: 89% dos milionários se preocupam em aplicar o dinheiro em diversos produtos financeiros.
	Tanto o fator diversidade, quanto o fator risco, têm maior peso entre os entrevistados mais velhos do que entre os mais jovens, segundo a pesquisa. 
	Quem utiliza os serviços oferecidos por uma consultoria financeira ou consultor financeiro independente é mais propenso a considerar a diversidade de investimentos na hora de escolher onde investir: nesses casos, o porcentual de entrevistados que têm essa preocupação sobe para 94% (veja quais são os sete erros mais evitados pelos ricos ao investir).
	Já 82% dos investidores consideram a reputação das empresas nas quais investem. Mas entre os milionários mais jovens, com menos de 36 anos, esse aspecto é menos relevante: 62% levam o renome da companhia em conta ao escolher onde aplicar o dinheiro.
	Impostos e taxas associados à aplicação financeira são levados em consideração por 80% dos entrevistados, enquanto 75% também se preocupam com o histórico do investimento.
	Apenas 29% se preocupam com a responsabilidade social da aplicação financeira. Esse porcentual é maior entre os milionários mais jovens: 44% levam esse aspecto em consideração ao investir.
	Milionários que têm entre 36 e 44 anos, são os que afirmam gostar mais de investir (63%), seguidos por aqueles que têm menos de 36 anos (59%) e mais de 64 anos (45%) (veja os fatores que levam milionários a acumular riqueza).
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                    1. Para inspirar
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                    1/10  (SXC.hu) 	São Paulo - Exemplos para aplicadores em todo o mundo, oito  grandes investidores têm em comum um longo caminho de sucesso em suas aplicações financeiras. Não à toa, alguns aparecem constantemente na lista global dos mais  ricos. Esses nomes lendários não construíram suas fortunas com base na sorte e especulação, e tiveram de lidar com os altos e baixos do  mercado financeiro.A partir de suas trajetórias pessoais, ensinam conceitos importantes que servem como base para qualquer  investimento. Conheça as principais lições: 
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                    2. Tenha um objetivo sustentável
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                    2/10  (REUTERS/Rick Wilking) 	Com foco no longo prazo, o megainvestidor americano  Warren Buffet não costuma investir em aplicações populares. Prefere aplicar sua fortuna em negócios tradicionais ou consolidados em um pequeno mercado e que podem render bons e constantes lucros no futuro. Dessa forma, seu patrimônio não flutua ao sabor da economia. Além disso, quando Buffet acerta o alvo, a margem de ganho é maior, pois a aplicação foi feita antes da expansão ou valorização do investimento. 
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                    3. Use os altos e baixos a seu favor
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                    3/10  (Simon Dawson/Bloomberg) 	Enquanto muitos investidores temem oscilações em suas aplicações financeiras, o empresário e megainvestidor húngaro-americano  George Soros, de perfil agressivo, sempre viu oportunidades na volatilidade dos investimentos. Para isso, acompanha bem de perto a evolução de dados sobre a economia que possam ter impacto futuro nas aplicações e empresas nas quais investe. Dessa forma, consegue migrar recursos de uma aplicação financeira para outra antes de perder dinheiro, ou passar a investir em segmentos que tenham potencial de valorização após mudanças no cenário macroeconômico.  
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                    4. Esteja à frente de recomendações
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                    4/10  (Divulgação/ Site templeton.org) 	O empresário e filantropo John Templeton realizava investimentos na direção contrária da que o mercado apostava. Seu lema era: pense por si mesmo. Para selecionar aplicações financeiras, criou suas próprias ferramentas, e não seguia recomendações e tendências. Enquanto os olhos da maioria dos investidores estavam geralmente voltados para determinada empresa ou aplicação financeira, ele garimpava investimentos não convencionais, com maior oportunidade de ganhos.  
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                    5. Saiba administrar os riscos
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                    5/10  (Divulgação/Columbia Archives) 	O investidor americano Benjamin Graham foi professor de  Warren Buffet e um exemplo para o megainvestidor. Pai do conceito de investimento em valor, um dos ensinamentos de Graham é de que o investidor não dever temer o risco, mas, sim, administrá-lo. Como não é possível fugir totalmente das perdas ao investir, Graham definia um nível máximo de riscos para sua carteira de aplicações e se mantinha dentro dessa margem de segurança. Caso seu nível de risco ultrapassasse essa margem, o investidor não aplicava seu dinheiro, pois passaria a especular e ter grandes chances de perdas. 
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                    6. Diversifique na medida certa
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                    6/10  (Wikimedia Commons) 	O economista britânico John Maynard Keynes, criador da macroeconomia moderna, também era um investidor. Um dos conceitos que seguia era o da diversificação inteligente, que consiste em diminuir os riscos das aplicações financeiras ao optar por produtos com comportamento opostos ou ao menos diferentes. Isso não se resume a ter na carteira uma parte de investimentos em  renda fixa e outra porção em renda variável ( entenda os conceitos), mas, dentro das opções de aplicações em renda variável, investir em ativos que tenham reflexos diferentes diante de uma mesma situação. Dessa forma, o patrimônio não fica refém de mudanças na economia.  
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                    7. Seja racional
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                    7/10  (Getty Images) 	Braço direito do megainvestidor  Warren Buffet, Charles Munger é conhecido por mapear comportamentos que influenciam de forma negativa nas decisões de investimento, e fugir deles. Racional, acredita que investir consiste em se preparar, ter paciência, disciplina e objetividade. Para Munger, situações de estresse, atitudes defensivas, temor a perdas e a inveja de quem está ganhando muito dinheiro têm o poder de destruir fortunas. 
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                    8. Fique atento a taxas
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                    8/10  (Scott Eells/Bloomberg) 	O investidor americano John Clifton "Jack" Bogle, fundador do grupo financeiro Vanguard, defende a simplicidade nas aplicações financeiras para investidores individuais de perfil conservador e, principalmente, a redução de gastos com taxas, que costumam afetar rendimentos de aplicações passivas, que acompanham índices de mercado e oferecem menor risco.  
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                    9. Seja discreto ao investir
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                    9/10  (Chris Hondros/Getty Images) 	Sempre no topo da lista de mais ricos do mundo, o empresário mexicano  Carlos Slim é discreto ao investir. Tem uma carteira de aplicações variada, mas não entra em detalhes sobre onde aloca seus recursos, pois tem consciência de sua influência. Slim tem a cautela de não induzir investidores a apostarem em seus alvos para evitar uma redução em sua margem de ganhos caso os investimentos se valorizem de forma artificial após muitos aplicadores passarem a investir. Por conta da grande quantidade de dinheiro que aplica no mercado financeiro e em empresas, Slim apenas anuncia quando deixa de investir ou migra recursos aplicados quando é obrigado por lei.  
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                    10. Agora, veja os livros que podem ajudar a investir melhor
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                    10/10  (4FR/Getty Images)