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1. 1. Carlos Slim Helu
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O homem que veste gravatas da própria loja de varejo, a gigante mexicana Sanborns, ocupa o primeiro lugar na lista dos mais ricos do mundo, segundo
ranking elaborado pela revista Forbes. Com uma fortuna avaliada em 53,3 bilhões de dólares, Carlos Slim começou a trajetória de sucesso com uma fábrica de soda. Hoje, o magnata é dono de mais de 200 empresas espalhadas pelo México. De cigarros a companhias aéreas, passando por bancos, restaurantes e construtoras, a verdade é que os mexicanos necessariamente pagam pelos seus produtos em algum momento da vida. E nem os vizinhos norte-americanos passam incólumes: Slim é o maior acionista individual da loja de departamento Saks e tem 7% do jornal New York Times. Mesmo diante de um portfólio tão variado, são as companhias telefônicas que respondem pela maior parte do seu patrimônio. Dono da Telmex e América Móvil, controladoras da Embratel e Claro no Brasil, o bilionário tem nas mãos cerca de 90% das linhas fixas e mais de 70% do mercado de celulares do México.Apesar das cifras astronômicas (o Wall Street Journal estima que sua fortuna corresponda a cerca de 7% do PIB mexicano), Slim é avesso à gastança desenfreada. Segundo seu biógrafo, ele dispensa avião particular e vive com um salário mensal de 24 mil dólares. O desembolso com itens de luxo é voltado, sobretudo, para as obras de arte. O empresário é o maior colecionador privado do escultor francês August Rodin e tem, entre as suas milhares de peças, quadros de Van Gogh, Renoir e Monet.
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2. 2. William Gates III
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O visionário da Microsoft ocupou o topo do ranking dos maiores bilionários em 14 dos últimos 15 anos. Em 2010, ele desceu para o segundo lugar do pódio com uma fortuna avaliada em 53 bilhões de dólares. Embora o nome de Gates seja comumente associado à Microsoft, mais de 60% do seu patrimônio está alocado fora da empresa. Os investimentos incluem a rede mexicana de televisão Televisa, os hotéis Four Seasons e a AutoNation, uma cadeia norte-americana de concessionárias de veículos.
Apesar dos investimentos chamarem a atenção, é pela filantropia que Gates vem sendo mais lembrado nos últimos tempos. Há dois anos ele se afastou da rotina diária na Microsoft para se dedicar à fundação Bill & Melinda Gates. Junto com a mulher, ele já doou mais de 28 bilhões de dólares para causas como o combate à AIDS nos países em desenvolvimento. Angariou parceiros de peso na empreitada, como o cantor Bono Vox e o megainvestidor Warren Buffett. E lançou uma campanha para convencer os afortunados americanos a reservarem a maior parte do seu patrimônio para a caridade. Até agora, já foram 40 signatários, entre eles o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e o cineasta George Lucas.
Quando perguntado se preservaria ao menos 1 bilhão para deixar de herança aos filhos, Gates afirmou que eles provavelmente ficariam com 1% disso – ou “módicos” 10 milhões de dólares. “Não ganhar o dinheiro por conta própria e saber que vai dispor dessa fortuna é uma coisa muito confusa para uma criança”, afirmou. Ao que parece, as extravagâncias de Gates limitam-se aos gastos com sua ultratecnológica casa em Medina, Washington, orçada em mais de 150 milhões de dólares.
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3. 3. Warren Buffett
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Com um patrimônio de 47 bilhões de dólares, o oráculo de Omaha, como é conhecido o megainvestidor Warren Buffett, ocupa o terceiro lugar na lista dos mais ricos do mundo. Depois de assumir o controle da fábrica têxtil Berkshire Hathaway em 1965, Buffett passou a usá-la como veículo para investir em ações escolhidas a dedo. Ao longo do tempo, multiplicou sua fortuna, o número de seguidores, e a participação em empresas como Coca-Cola e Gillette.
Para Buffett, os sobressaltos econômicos forjam os melhores momentos para ir às compras. Enquanto muitos debandaram da bolsa depois da crise de 2008, por exemplo, ele investiu 5 bilhões no banco de investimentos Goldman Sachs e outros 3 bilhões na General Electric. “Quanto está chovendo ouro, é hora de pegar um balde, não um dedal”, chegou a dizer. O tempo encarregou-se de provar que ele tinha acertado nas aplicações. Em 2009, a holding Berkshire Hathaway cresceu 19,8%.
Seguindo a cartilha dos primeiros colocados no ranking, os hábitos de consumo de Buffett não denunciam o tamanho do seu patrimônio. Ele ainda vive na mesma casa de três quartos comprada há mais de 50 anos em Omaha, no Estado de Nebraska. Também dirige o próprio carro e trabalha na escrivaninha que pertenceu ao pai. A filantropia é outro forte de Buffett. O investidor, que prometeu reservar 99% de seu capital à caridade, vem fazendo doações bilionárias desde 2006. Na última delas, anunciada em julho deste ano, ele repartiu 1,93 bilhão de dólares entre cinco entidades, entre elas a do amigo Bill Gates.
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4. 4. Mukesh Ambani
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Presidente do conglomerado mais valioso da Índia, o Reliance Industries, Mukesh Ambani é conhecido tanto pela sua extravagância quanto pela rixa travada há anos com o irmão Anil. Depois da morte do pai em 2002, os dois brigaram publicamente pelo controle do grupo Reliance até repartirem o império entre si. Anil ficou com as elétricas, além das empresas financeiras e de telecomunicações. Mukesh assumiu as companhias de óleo, gás e petroquímica. Mas a separação não foi suficiente para arrefecer a rivalidade entre os irmãos, que costumam protagonizar disputas homéricas nos tribunais indianos.
Se na vida real a distância entre eles é grande, na lista dos mais endinheirados ela cresceu após a crise de 2008. Antes do colapso do mercado, Mukesh ocupava o quinto lugar do ranking, com Anil em sexto. Em 2010, Anil desceu 30 posições enquanto o irmão Mukesh assumiu o posto de quarto homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em 29 bilhões de dólares - e propósitos excêntricos para essa bolada.
No aniversário da sua mulher em 2007, Mukesh a presenteou com um Airbus A319 de 59 milhões de dólares. Parece pouco? No momento, ele finaliza a construção da casa mais cara do mundo, estimada em 2 bilhões de dólares. A residência tem até nome: Antilia, em referência a uma ilha mitológica localizada no Mediterrâneo. A torre de 27 andares está sendo erguida em um terreno de 40.000 metros quadrados em Bombaim. Seis pisos serão usados apenas como estacionamento, comportando até 168 carros. Entre as mordomias estarão um mini teatro, centro de saúde, academia, cinema, varandas inspiradas nos jardins suspensos da Babilônia e cerca de 600 empregados para manter o edifício funcionando.
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5. 5. Lakshmi Mittal
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O residente mais rico da Europa nasceu na Índia. Lakshmi Mittal é o presidente da Arcelor Mittal, a maior produtora de aço do mundo. De origens humildes, Mittal turbinou os negócios de sua empresa original, a Mittal Steel, com a aquisição de uma série de estatais em antigos países comunistas. Mas a companhia reforçou definitivamente a musculatura depois da fusão com a Arcelor, em 2006. Hoje, a Arcelor Mittal tem presença em mais de 60 países e ajuda o seu presidente a envergar um patrimônio de 28,7 bilhões de dólares.
Em Londres, onde mora, Mittal é conhecido pela amizade com megaempresários da Fórmula 1, como o chefão da competição Bernie Ecclestone. Foi dele, inclusive, que o indiano comprou sua casa pela bagatela de 117 milhões de dólares. O palácio fica em Kensignton e os rumores dão conta que o mármore da mansão foi extraído da mesma pedreira usada na construção do Taj Mahal. Por isso, a casa também é conhecida como "Taj Mittal". Em 2004, foi a vez do empresário dar uma festa de casamento de mais de 55 milhões de dólares para a filha, em Paris. Foram cinco dias de festa para mais de 1.000 convidados, hospedados em um hotel 5 estrelas por conta do anfitrião. Os festejos contaram com um show da cantora Kylie Minogue e a presença de astros de Bollywood. Atualmente, Mittal financia uma escultura de 122 metros para o parque olímpico de Londres. A obra será mais alta que o icônico Big Ben e custará cerca de 24 milhões de dólares.
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6. 6. Lawrence Ellison
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Com um patrimônio de 28 bilhões de dólares, Lawrence Ellison é o sexto homem mais rico do mundo. A fortuna vem da Oracle, uma gigante em softwares corporativos que comprou mais de 57 empresas nos últimos cinco anos. A companhia foi fundada em 1977, enquanto Ellison trabalhava para uma empresa de processamento de dados. Seu primeiro protótipo foi vendido para a CIA. Depois de angariar clientes importantes como a Agência Nacional de Segurança, a Oracle foi à bolsa com uma bem sucedida oferta de ações. A marca pode até não ser conhecida pelo grande público. Mas por trás da venda de livros na Amazon ou dos martelos batidos no eBay, está a tecnologia desenvolvida por Ellison e sua equipe.
Para muitos, é ele quem melhor encarna o estereótipo de bon vivant comumente associado aos multimilionários. Conhecido pela língua ferina e pelos rotineiros ataques à Microsoft, Ellison já se casou quatro vezes. Amante dos esportes, ele se dedica ao surf e ao ciclismo, apesar dos seus 66 anos. Neste ano, o magnata sagrou-se campeão da America’s Cup, a regata mais importante do mundo. Sua mansão tem 9.000 metros quadrados e é inspirada nos palácios japoneses do século XVI. Entre carros milionários e casas de veraneio em Malibu, Ellison também coleciona caças e jatos. Seu iate, avaliado em 300 milhões de dólares, conta com quadra de basquete e espaço para submarino particular.
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7. 7. Bernard Arnault
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O pai fez uma pequena fortuna no ramo da construção. E a venda do negócio permitiu ao filho, o francês Bernard Arnault, migrar do mercado de imóveis para o de luxo. O fundador e CEO do LVMH, conglomerado que inclui as mundialmente conhecidas marcas Louis Vuitton, Dior, Givenchy, TAG Heuer, Dom Perignon e Moet & Chandon, tem cerca de 27,5 bilhões de dólares registrados na conta bancária. Além da LMVH, Arnault é dono de operadora de turismo Go Voyage, da fábrica de iates Royal Van Lent, e de um naco considerável da rede de supermercados Carrefour.
Considerado obsessivo pelos grandes nomes que contratou para suas maisons de luxo - entre os quais se destacam os aclamados estilistas Karl Lagerfeld, John Galliano e Marc Jacobs - Arnault também é conhecido pelo seu lado família. Apesar de morar em uma suntuosa mansão do século XIX, decorada com obras de Andy Warhol e Picasso, Arnault não costuma estender a permanência nas badalações do alto circuito parisiense, ainda que seu nome figure na lista de todos os eventos. Na cerimônia do seu segundo casamento, aberta a apenas cinco convidados, ele vestiu jeans e blazer azul.
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8. 8. Eike Batista
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Apesar de ocupar a oitava posição do ranking, o bilionário Eike Batista costuma reiterar que está na briga para alcançar o topo da lista. Com um patrimônio de 27 bilhões de dólares, o brasileiro foi o magnata que mais ganhou em 2009 - foram 19,5 bilhões em 12 meses. Dono do conglomerado EBX, Eike orquestra vários negócios sob um mesmo guarda-chuva. São companhias de mineração, petróleo, energia, logística, imóveis, turismo e entretenimento. Em comum, todas elas carregam a letra X nas siglas de batismo. Para o bilionário, esse é o símbolo da multiplicação do dinheiro.
Megalomaníaco para alguns, exibicionista para outros, Eike não raro costuma aparecer na mídia por seu envolvimento em projetos paralelos. O bilionário vai investir 12,8 milhões de dólares no Comitê Olímpico do Rio e já anunciou uma parceria com o Companhia Estadual de Água e Esgoto para despoluir a Lagoa Rodrigo de Freitas. Divorciado da modelo Luma de Oliveira (que despertou a fúria das feministas ao ostentar seu nome em uma coleira em um desfile de carnaval), o empresário decora o hall da sua casa com um motor de lancha de 1,6 mil cavalos. Na sala, a estrela é um Mercerdes SL-R, que custa mais de 1 milhão de dólares. Recentemente, Eike pagou 500.000 reais pelo terno que o presidente Lula usou na cerimônia de posse, item arrematado em um leilão beneficente.
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9. 9. Amancio Ortega
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Amancio Ortega largou os estudos aos 14 anos para trabalhar como office-boy em uma camisaria espanhola. O tempo passou e ele enxergou aí uma oportunidade de ganhar dinheiro. Junto com a primeira mulher, Rosalie Mera, ele começou a fazer lingeries e vestidos de gala na sala de casa. A modesta produção de outrora abastece hoje as araras da Zara, Massimo Dutti e Stradivarius. Ortega é dono Inditex, firma que reúne essas e outras marcas, com mais de 4.500 lojas em 73 países. As aplicações do bilionário, no entanto, não se limitam à indústria da moda. Ele aposta no mercado imobiliário, com empreendimentos em Miami, Madri, Paris, Lisboa e Londres. E diversifica a carteira com investimentos em gás, turismo e bancos. Atualmente, sua fortuna bate em 25 bilhões de dólares.
Na vida pessoal, Ortega é conhecido tanto pelos hábitos simples quanto pela vontade ferrenha de defender sua privacidade. O britânico The Times, único veículo a anunciar uma entrevista com o empresário, voltou atrás e revelou que as informações tinham sido obtidas de forma indireta - uma participante de um encontro informal repassara a conversa para a editora de economia do jornal. Por muitas décadas, havia apenas uma fotografia de Ortega em circulação. E no dia do IPO da Inditex em 2001, quando embolsou 6 bilhões de uma só tacada, o empresário almoçou na cafeteria da sua companhia.
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10. 10. Karl Albrecht
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Junto com o irmão Theo, falecido há pouco mais de um mês, Karl Albrecht transformou a pequena mercearia da mãe, na Alemanha, na gigantesca rede de supermercados Aldi. Em 1961, os irmãos dividiram o controle da empresa: Karl ficou com as lojas no norte da Alemanha, além dos direitos de levar a marca à Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Theo pegou o norte do país e o resto da Europa. O foco no varejo sempre teve como bandeira a oferta de produtos a preços promocionais. E ao invés de prateleiras abarrotadas com diversas marcas, os irmãos priorizavam uma seleção bem mais modesta de artigos. Para se ter uma ideia, são ofertados em torno de 1.000 produtos na Aldi. Na concorrente Wal-Mart, esse número bate em 50.000.
A filosofia de reduzir tudo ao essencial também reflete os hábitos do bilionário. Com uma fortuna estimada em 23,5 bilhões, Karl sempre foi conhecido pela reclusão e pelo cuidado extremo com o orçamento. A frugalidade é de família. Conta-se que quando o irmão Theo foi seqüestrado em 1971, ele só pagou o resgate depois de muito barganhar. Theo propôs, inclusive, a dedução de impostos do montante, alegando que aquela era uma transação comercial que iria ter reflexo na sua conta como qualquer outra.