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Como os índices IPCA e IGP-M impactam os fundos imobiliários?

O professor Arthur Vieira de Moraes, da EXAME Research, responde dúvidas dos leitores sobre fundos imobiliários em seu programa toda sexta-feira às 15h

FIIs: mande suas dúvidas para a EXAME RESEARCH (Mailson Pignata/EyeEm/Getty Images for National Geographic Magazine)

FIIs: mande suas dúvidas para a EXAME RESEARCH (Mailson Pignata/EyeEm/Getty Images for National Geographic Magazine)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 6 de fevereiro de 2021 às 08h46.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2021 às 15h26.

Dúvida do leitor: Como os índices IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) impactam os Fundos de Investimento Imobiliários baseados em CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários)? A alta desses índices beneficiam esses fundos? 

Caro leitor, quando o fundo de CRI é indexado, ele nunca é só o índice. Ele é o índice mais um cupom de juros, como, por exemplo, IGP-M+4, IGP-M+5, entre outros. De uma maneira muito simples, nós poderíamos olhar apenas para o cupom de juros e o restante é a reposição da inflação. Se a inflação subir ela te entregará mais rendimento? Sim, mas ao mesmo tempo a inflação reduzirá o poder de compra daquele rendimento. O que chega ao seu bolso é o ganho real acima da inflação. Mas, na prática, sabemos que não é assim.

O mercado precifica muito em relação à distribuição de rendimentos. Quando os índices sobem, ou seja, o IGP-M, que estava, por exemplo, em 4% ao ano e passa para 20% ao ano, há um aumento na distribuição de rendimento e a tendência é valorizar a cota. Quando os índices caem, acaba distribuindo menos de rendimento, embora o ganho real seja mantido; e as cotas tendem a diminuir também.

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Vale a pena ficar de olho nessa oscilação e entender a dinâmica, mas o investidor não deve deixar de olhar para o que tem dentro do fundo. Estamos falando de um fundo de papéis de renda fixa e, com isso de precificar pelo rendimento, muitas pessoas pagam um preço muito acima.

Por fim, vale destacar que o IGP-M é muito mais volátil que o IPCA. Ele carrega muito a variação do dólar e dos preços das commodities, enquanto o IPCA é o preço voltado mais à gôndola do mercado para o consumidor. Os dois podem ter comportamentos diferentes de vez em quando, e não é porque o IGP-M caiu que o IPCA também cairá. 

Os interessados devem assistir ao programa abaixo:

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