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Como investir e diversificar um milhão de reais?

Internauta quer dividir seu milhão em pelo menos quatro aplicações financeiras diferenciadas

Internauta quer distribuir seus ovos por quatro diferentes cestas (SXC)

Internauta quer distribuir seus ovos por quatro diferentes cestas (SXC)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2013 às 07h00.

Dúvida do internauta: Quais as melhores alternativas para investir um milhão de reais? Gostaria de dividir essa quantia em pelo menos quatro tipos de investimento diferentes.

Resposta de Paulo Bittencourt*:

A divisão do investimento em estratégias diferenciadas é a forma correta de diversificação, possibilitando assim diminuir o risco total ao mesmo tempo em que se procura atingir o máximo retorno. É claro que cada uma das estratégias deve, isoladamente, respeitar o limite de perda que o investidor pode assumir. Algumas estratégias podem até ser mais arriscadas que outras, fazendo parte de um mesmo portfólio, mas nenhuma delas deve estar em um nível de risco superior àquele que é adequado ao investidor.

Esta diversificação deve incluir também prazos distintos de investimento, pois os tipos de aplicações que possibilitam maiores retornos são também, em geral, os que dependem de prazos mais longos. Um exemplo disso são fundos de ações, que precisam de maior tempo para retornar um ganho expressivo ao investidor. Por outro lado, você pode precisar de parte dos recursos em um prazo curto de tempo, ou de liquidez imediata para alguma emergência. Isto significa que um dos investimentos escolhidos deve focar mais propriamente na baixa volatilidade e na liquidez, em detrimento de uma maior rentabilidade.

Vamos começar dividindo 1.000.000 de reais em quatro grupos de prazos diferentes. Em seguida, iremos subdividi-los em classes de investimento, diversificando o risco.

(A) Parcela destinada a investimentos de prazo mais curto de maturação (1 ano) e com liquidez imediata:

150.000 reais - Fundo Referenciado DI sem crédito privado, com taxa de administração inferior a 1% ao ano.

(B) Parcela destinada a investimentos de prazo médio (2 a 3 anos), sem renda variável:

250.000 reais - Fundo Multimercado sem Renda Variável, classe Juros e Moedas, com taxa de administração menor ou igual a 1% ao ano.
150.000 reais - Fundo Multimercado de Crédito Privado, contendo ativos de baixo risco de crédito, com taxa de administração inferior a 0,80% ao ano.

(C) Parcela destinada a investimentos de prazo médio (2 a 3 anos), com renda variável:

200.000 reais - Fundo Multimercado com renda variável, classe macro, com taxa de administração menor que 2,50% ao ano.

(D) Parcela destinada a investimentos de prazo longo (5 anos):

250.000 reais - Fundo de Ações, classe dividendos, com taxa de administração menor que 3% ao ano.

No longo prazo, é importante ter disciplina para manter a mesma proporção entre as classes de investimento. Ou seja, caso uma delas valorize de forma excepcional, é necessário fazer um balanceamento da carteira. Os novos recursos que eventualmente sejam acrescentados ao portfólio também devem seguir a proporção inicial. Caso o perfil de risco do investidor seja alterado com o tempo (posição mais conservadora em função da idade, por exemplo), as proporções podem ser alteradas no sentido de aumentar o peso dos grupos (A) e (B). É claro que estas categorias possuem retorno potencial também menor em função do nível de risco.

*Paulo Bittencourt é diretor da Apogeo Investimentos, empresa de investimentos voltada para pessoas físicas do grupo Vinci Partners, e tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro.

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