Os imóveis residenciais foram os investimentos que mais valorizaram em 2011, mas altas já apresentam desaceleração (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2012 às 11h13.
São Paulo - Todo final de período os investidores buscam saber o desempenho acumulado das aplicações financeiras. Os rankings de rentabilidade podem ser boas referências para avaliar os próprios investimentos, mas são generalistas. Para o educador financeiro Mauro Calil, é preciso tomar cuidado para não tratar os rankings como único referencial na hora de escolher onde investir.
"Nós, na década de 80, especialmente, procurávamos o gerente do banco e falávamos assim: o que está rendendo mais? E colocávamos todo o dinheiro naquilo. Porque tinha uma grande chance daquilo se repetir", diz Mauro Calil, relembrando o passado brasileiro de inflação galopante.
Acontece que os tempos mudaram, e hoje é preciso levar em conta outras variáveis. O cenário é muito mais volátil e incerto, e buscar desenfreadamente a rentabilidade é mais difícil e arriscado. O investimento precisa ser adequado para os objetivos do aplicador.
Não busque rentabilidade, dizem especialistas. O investimento mais rentável de hoje pode ter ficado caro demais e ter menos espaço para render futuramente. O fundo campeão de hoje pode receber recursos em excesso de novos investidores, tornando-se grande demais para repetir os bons resultados - a gestão se torna mais complexa e a inércia aumenta. Afinal, o dobro de um é dois; o dobro de dez, é vinte.
Veja no vídeo a seguir que outras variáveis devem ser levadas em conta na hora de investir: