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Como conseguir um CDB que pague mais que 100% do CDI

Especialistas sugerem estratégias para conseguir retornos mais altos ao investir em CDBs. Uma delas talvez seja fugir do seu banco

 (AndreyPopov/Thinkstock)

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Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 05h00.

Última atualização em 12 de dezembro de 2016 às 05h00.

São Paulo - É bem possível que o seu gerente já tenha oferecido um Certificado de Depósito Bancário (CDB), com a promessa de oferecer um retorno maior do que na poupança. Tudo bem, ele até pode render mais que a caderneta, mas conseguir um CDB que pague bem em grandes bancos é tarefa difícil, segundo especialistas.

Os bancos emitem CDBs para captar dinheiro das pessoas e emprestar a outras por juros altos. Em troca, oferecem uma taxa de retorno, indexada à taxa DI (CDI). Isso significa que eles pagam ao investidor certo percentual dessa taxa, atualmente em 13,63% ao ano, muito próxima à Selic.

É possível encontrar CDBs no mercado que pagam mais ou menos do que 100% do CDI. Quando um CDB rende 100% dessa taxa ou mais do que isso, ele é mais vantajoso até mesmo que o Tesouro Selic, um dos investimentos preferidos dos consultores financeiros para quem deseja segurança e bons resultados (veja mais sobre isso).

“O Tesouro Selic rende no máximo 98% da taxa Selic, por causa das taxas. Então, quando o CDB rende 100% do CDI ou mais, ele é melhor que o Tesouro”, orienta o coordenador do laboratório de finanças do Insper, Michael Viriato.

A maioria dos investidores compra CDBs nos bancos onde possuem contas, que pagam taxas menores. É o fator da taxa de conveniência, como o cafezinho mais caro no aeroporto.

Porém, é nos bancos médios que é possível encontrar rendimentos maiores, acima de 100% do CDI, segundo especialistas. “Bancos menores, não tão visíveis, não têm acesso fácil ao investidor e precisam oferecer mais dinheiro para atraí-los”, explica o consultor financeiro André Massaro, autor do blog Você e o Dinheiro em EXAME.com.

É o caso do Banco Topázio, que oferece rendimento de 113,5% do CDI em aplicações a partir de 1.000 reais, desde que o investidor não resgate o dinheiro por dois anos. O mesmo acontece no Banco Original, que oferece 100% do CDI se o investidor aplicar 1.000 reais por dois anos ou  102% do CDI, se aplicar por 3 anos.

Para chegar a boas remunerações, é preciso manter a quantia aplicada por um período maior, normalmente acima de dois anos, sem poder resgatar o dinheiro nesse tempo. É por isso que, nessas condições, o CDB não é o investimento mais indicado para manter uma reserva de emergência, por exemplo.

Vários bancos também exigem aplicações iniciais mais altas para oferecer rendimento acima de 100% do CDI. O Banco BMG, por exemplo, oferece 118% do CDI, mas para isso, exige que o investidor aplique, no mínimo, 25 mil reais, por quatro anos. Já no Banco Indusval, é preciso aplicar, no mínimo, 20 mil reais por  três anos, para ter rendimento de 112% do CDI.

No simulador de CDBs da Proteste e no site e aplicativo Rendafixa.rocks (disponível para sistemas Android e iOS), você pode comparar as remunerações oferecidas por algumas instituições.

É seguro investir em um banco médio?

Não importa o banco escolhido, os CDBs contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que, em caso de quebra da instituição, reembolsa aos seus investidores perdas de até 250 mil reais por CPF.  “O tamanho do banco não tem a ver com qualidade e confiança”, garante o consultor financeiro André Massaro.

Para o professor de finanças Michael Viriato, a probabilidade de um banco quebrar é pequena, e vale a pena encarar esse risco. “Se o banco estiver prestes a quebrar, você não vai ficar sabendo. Se souber, ele já quebrou. É melhor não ser influenciado por boatos”, sugere Viriato.

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