Renda fixa: com rendimento atual de 70% da Selic mais a Taxa Referencial, a caderneta é isenta de Imposto de Renda e taxas, o que a torna um investimento simples e atrativo (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2013 às 08h42.
São Paulo - A poupança continua batendo em rentabilidade os fundos, apesar da alta da taxa básica de juros para 8,5% ao ano. Mas a alta de 0,5 ponto na Selic na quarta-feira e a perspectiva de mais elevações até o fim do ano devem ajudar a recompor os ganhos da renda fixa, opinam especialistas.
Simulação da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que, com a Selic a 8,5% ao ano, os fundos só começam a ser mais vantajosos que a poupança nova quando a taxa de administração é igual ou inferior a 1,5% e o prazo de resgate é superior a dois anos.
No caso da poupança antiga e nas mesmas condições, os fundos só ganham quando têm taxa de 1% ou menos.
Com rendimento atual de 70% da Selic mais a Taxa Referencial, a caderneta é isenta de Imposto de Renda e taxas, o que a torna um investimento simples e atrativo. Entre os fundos, incide uma alíquota regressiva de Imposto de Renda e taxas de administração, que podem corroer os ganhos.
"Com esse movimento inverso (de alta dos juros), a poupança começa a ficar não tão competitiva quando comparada aos fundos DI, por exemplo", afirma Fábio Colombo, administrador de investimentos. Ele frisa, contudo, que a caderneta ainda é uma boa opção para aplicações de curto prazo.
"A partir de agora, sempre que a Selic subir, os fundos ganharão mais e ficarão mais competitivos", afirma Miguel Oliveira, diretor de estudos econômicos da Anefac.
O movimento é inverso ao do ano passado, quando os sucessivos cortes do juro básico fizeram o governo alterar as regras da caderneta para que ela rendesse menos. Mesmo assim, a poupança continuou com melhor rentabilidade na comparação com a maioria dos fundos, segundo o histórico de estudos da Anefac.