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Cenário externo faz dólar disparar 2,1% a R$1,883

SÃO PAULO (Reuters) - Um aumento generalizado da aversão a risco patrocinou a maior alta diária frente ao real em mais de um mês nesta quinta-feira, com os investidores refletindo preocupações com a situação fiscal de países na Europa e com dados nos Estados Unidos.   A divisa avançou 2,11 por cento, a 1,883 real […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

SÃO PAULO (Reuters) - Um aumento generalizado da aversão a risco patrocinou a maior alta diária frente ao real em mais de um mês nesta quinta-feira, com os investidores refletindo preocupações com a situação fiscal de países na Europa e com dados nos Estados Unidos.

A divisa avançou 2,11 por cento, a 1,883 real na venda, maior ganho percentual diário desde 17 de dezembro do ano passado, quando a moeda subiu 2,34 por cento, mantendo-se no maior nível desde meados de setembro de 2009.

A corrida por dólares no mercado doméstico ocorreu na esteira da apreciação da divisa no exterior, num cenário que alimentou o receio dos agentes em relação a ativos ligados a risco, como ações e commodities.

Pela manhã, o governo dos EUA informou que o número de trabalhadores norte-americanos pedindo auxílio-desemprego subiu inesperadamente na semana passada, o que ofuscou dados positivos sobre as encomendas à indústria do país e da produtividade fora do setor agrícola.

Na Europa, os temores de que países como Espanha, Portugal e Grécia não consigam organizar suas finanças continuaram pesando sobre o euro, que renovou a mínima em sete meses em relação ao dólar. Ante uma cesta com seis importantes divisas, a moeda norte-americana atingia o maior nível em seis meses.

As bolsas de valores em Wall Street operavam em forte queda, movimento copiado pela Bovespa. Enquanto isso, o índice CRB de commodities recuava à mínima em quatro meses.

No mercado doméstico de câmbio, o fluxo financeiro permaneceu negativo nesta sessão e os investidores também seguiram elevando suas posições compradas nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI).

De acordo com dados da BM&FBovespa, os agentes mantinham na véspera 4,314 bilhões de dólares em posições compradas (que, na prática, refletem apostas numa alta do dólar), frente aos 3,583 bilhões de dólares registrados no dia 2 deste mês.

No momento mais crítico da sessão, o dólar chegou a ser cotado a 1,897 real na venda, com avanço de 2,87 por cento, recuando logo depois.

Segundo um operador da mesa de câmbio de um importante banco em São Paulo, que pediu anonimato, essa baixa se deveu a uma entrada mais forte de exportadores, que aproveitaram as taxas mais altas e venderam dólares ao mercado.

Carlos Alberto Postigo, gerente de negócios da Casa Paulista Assessoria Bancária, considerou que, após a acentuada apreciação desta quinta-feira e levando em conta o atual ciclo de alta da moeda norte-americana, o dólar pode encontrar espaço para cair já nos próximos dias.

"A gente observa que sempre depois de altas sucessivas há uma brecha para realização de lucros", avaliou.

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