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Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2012 às 14h54.
São Paulo – Com a queda da Selic, a redução da rentabilidade foi generalizada para toda a renda fixa. Os principais produtos voltados para a pessoa física já não oferecem remuneração de dois dígitos. Mas se os títulos públicos continuam vantajosos em relação à poupança – desde que a taxa de administração da corretora seja baixa – o mesmo não se pode dizer em relação aos CDBs de bancos médios, que atualmente rendem um pouco mais que o Tesouro Direto.
Os bancos grandes só costumam a oferecer CDBs pós-fixados, e mesmo assim não remuneram 100% do CDI em produtos de liquidez diária. Já os bancos médios oferecem produtos mais comparáveis ao Tesouro Direto, com a vantagem de não haver taxa de administração: CDBs que remuneram ao menos 100% do CDI com liquidez diária, CDBs prefixados e até indexados à inflação.
Ainda assim, o investidor deve manter em mente que a garantia não é a mesma. Os títulos públicos são o investimento considerado mais seguro, uma vez que sua garantia é o governo – e as chances de o governo brasileiro quebrar são atualmente remotas. Já os CDBs de bancos médios são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), uma entidade privada, para depósitos de até 70.000 reais.
Veja a comparação entre os títulos públicos e os CDBs equivalentes, lembrando que sobre a rentabilidade do CDB não incide taxa alguma, ao contrário do Tesouro Direto, sobre o qual incidem taxas de administração, custódia e negociação. Ambas as aplicações, contudo, pagam IR sobre a rentabilidade.
Pós-fixados (indexados à Selic): As LFTs realmente perdem vantagem frente aos CDBs de bancos médios que pagam 100% do CDI com liquidez diária, como aquele vendido pelo Sofisa Direto pela internet. Existem CDBs pós-fixados que rendem até mais que 100% do CDI – no próprio Sofisa, no Ficsa (CDB Direto) e no Banco Paulista (corretora Socopa) – mas estes têm carência de ao menos um mês, enquanto as LFTs têm liquidez toda quarta-feira.
Prefixados: Existem também CDBs prefixados, que podem ser comparados às LTNs e às NTN-Fs. Para prazos semelhantes, os CDBs prefixados de bancos médios também estão mais vantajosos que os títulos públicos em termos de rentabilidade. Enquanto a LTN com vencimento em 2015 fixa uma taxa de 8,33% ao ano, os CDBs de três anos do Sofisa e do Ficsa fixam uma taxa de 9,30% ao ano. Para quatro anos, o Tesouro oferece uma LTN de taxa de 8,80%, enquanto que o Ficsa oferece uma taxa de 9,66% para o mesmo prazo.
Inflação: O Sofisa Direto e o Ficsa oferecem produtos indexados ao IPCA, comparáveis às NTN-Bs do Tesouro Direto. Os únicos papéis de prazo semelhante nas duas plataformas são aqueles que vencem em 2015. No Tesouro Direto, a taxa oferecida é de 2,88% ao ano mais inflação pelo IPCA na NTN-B Principal que vence em 15 de maio de 2015. No Sofisa Direto, o CDB com mesmo vencimento paga 3,58% ao ano mais inflação. No Ficsa, o RDB indexado ao IPCA com prazo de dois anos oferece uma taxa de 3,50% ao ano mais inflação, enquanto que o papel com prazo de três anos oferece taxa de 3,90% ao ano mais inflação.