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Carteira digital deve levar o comércio via celular a US$ 17 bi no país

Expectativa para 2022 é que os dispositivos móveis representem quase a metade das vendas realizadas pela internet no Brasil

Carteiras digitais: respondem por 37% das vendas no mundo todo. No Brasil, representam apenas 1% nas lojas físicas (IStockPhoto/Divulgação)

Carteiras digitais: respondem por 37% das vendas no mundo todo. No Brasil, representam apenas 1% nas lojas físicas (IStockPhoto/Divulgação)

NF

Natália Flach

Publicado em 21 de novembro de 2019 às 13h11.

Última atualização em 21 de novembro de 2019 às 14h47.

São Paulo - O celular é uma máquina de vendas que não deve parar de crescer tão cedo. A expectativa é que, em 2022, o comércio realizado por meio de dispositivos móveis alcance 17 bilhões de dólares no Brasil. O montante representa quase a metade do que será vendido pela internet naquele mesmo ano.

Para efeito de comparação, em 2018, as compras feitas por meio dos celulares chegaram a 5 bilhões de dólares, o equivalente a um quarto dos 19 bilhões de dólares do comércio eletrônico, de acordo com a pesquisa Retail Global Payments Report produzido pela empresa de tecnologia financeira FIS e obtida com exclusividade por EXAME. 

O motor desse crescimento deve ser as carteiras digitais. Em todo o mundo, as "digital wallets" foram utilizadas em 37% de todas as transações de comércio eletrônico em 2018, enquanto, no Brasil, responderam por apenas 10% dos pagamentos online e 1% nas compras físicas. Por aqui, o dinheiro ainda tem muita força: é o meio de pagamento mais utilizado nos estabelecimentos comerciais (53%). "Vai diminuir muito o uso de dinheiro na América Latina, como aconteceu com o boleto que passou de 25% há uns anos para 18% de agora. Mas não vai desaparecer. É uma questão cultural", explica Juan D’Antiochia, diretor-geral de ecommerce para empresas e meios de pagamento  da FIS para a América Latina.

Para o executivo, vai haver uma consolidação do setor por uma questão simples: custos. "É preciso ter escala para reduzir custos e vamos ver fusões e aquisições no setor de meios de pagamento", diz.

 

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