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Caixa reduz juros para financiar imóveis. Veja o que muda

Modalidade atrelada à remuneração da poupança contará com taxas a partir de 2,95% ao ano, queda de 0,4 ponto percentual

 (Pilar Olivares/Agência Brasil)

(Pilar Olivares/Agência Brasil)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 16 de setembro de 2021 às 17h16.

Última atualização em 16 de setembro de 2021 às 22h15.

A Caixa anunciou nesta quinta-feira, 16, a redução de taxas de juros do crédito imobiliário indexado à poupança. As taxas na modalidade partem agora de 2,95% ao ano, o que representa uma queda de 0,4 ponto percentual. Essa taxa fixa é somada à remuneração da poupança, equivalente a 70% da taxa Selic, em ascensão no país.

A partir de 4 de outubro já será possível realizar as simulações com as novas condições da linha de Crédito Imobiliário Poupança Caixa, pelo app Habitação Caixa ou no site. As contratações se iniciam em 18 de outubro.

A Caixa tem a menor taxa e o maior prazo na modalidade, que também é comercializada pelo concorrente Itaú por 3,49% ao ano. O banco público oferece até 35 anos para pagamento, além da opção de carência de seis meses para início da parcela de juros e amortização.

No lançamento da modalidade, em fevereiro, o banco público explicou que a remuneração adicional do financiamento será fixa em até 6,7%, mesmo que a Selic atingir os dois dígitos. Ou seja, a taxa do financiamento pode chegar a, no máximo, 9%.

O banco oferece quatro opções de linhas de financiamento imobiliário com recursos SBPE, para aquisição de imóvel novo ou usado, construção e reforma: TR (o financiamento tradicional), IPCA, Poupança e Taxa fixa.

Vale a pena contratar?

Linhas de financiamento, indexadas à poupança e a índices de preços, como o IPCA, não são recomendadas em um momento de alta da Selic e da inflação, pois é bem provável que o financiamento ficará mais caro.

A modalidade tradicional, atrelada à TR, é hoje a mais segura, na visão de Paulo Chebat, CEO do Melhor Taxa, site que compara financiamentos imobiliários.

Contudo, com a alta recente da Selic, a janela de financiamento de imóveis mais barato atrelado a TR está se fechando.

O Santander subiu sua taxa mínima em 1 ponto porcentual, de 6,99% para 7,99%.

A Caixa aumentou suas taxas em 0,5 ponto porcentual na modalidade. A taxa de juros para clientes com relacionamento com o banco passaram de 6,25% a 7,3% ao ano para 6,75% a 7,8% ao ano.

Por fim, o Bradesco aumentou em 0,2 pontos porcentuais as taxas cobradas nos segmentos Classic, Prime e Exclusive, passando a cobrar a partir de 7,3% ao ano no Classic.

Já o Itaú, que vinha praticando taxas a partir de 6,6% ao ano, vem dificultando o acesso ao crédito mais barato para clientes com renda mais baixa e menor valor de financiamento. Os juros para financiamentos abaixo de 600 mil reais e para consumidores com renda mensal menor do que 12 mil reais, subiram no banco, para 6,8%.

O Banco do Brasil não mexeu nas taxas cobradas na modalidade de financiamento indexada à TR. Mas as taxas já estão em patamar mais alto no banco: chegam a 7,9% ao ano.

 

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