Caixa: taxa mínima cobrada pelo banco no crédito imobiliário passa a ser de 9% (Caixa/Divulgação)
Marília Almeida
Publicado em 16 de abril de 2018 às 09h46.
Última atualização em 16 de abril de 2018 às 11h38.
São Paulo - A Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira (16) a redução dos juros para financiamento da casa própria. As novas taxas já estão em vigor.
O banco reduziu os juros mínimos cobrados de 10,25% para 9% ao ano no caso de imóveis enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH). O SFH financia imóveis com valor de até 800 mil reais, para todo país, exceto Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde o limite é de 950 mil reais.
No caso de imóveis enquadrados no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), cujos valores ficam acima dos limites do SFH, o banco reduziu as taxas mínimas de 11,25% para 10%.
Já as taxas máximas caíram de 11% para 10,25% nas linhas do SFH e de 12,25% para 11,25% para os imóveis enquadrados no SFI.
O banco também anunciou que o limite de cota de financiamento para imóveis usados voltou a subir de 50% para 70%. Ele havia sido reduzida pela Caixa em setembro do ano passado.
A Caixa também retomou o financiamento de operações de interveniente quitante (imóveis com produção financiada por outros bancos) com cota de até 70%.
Restrições e falta de capital
A Caixa não reduzia os juros do crédito imobiliário desde novembro de 2016, há cerca de um ano e quatro meses. Naquele ano, os juros das linhas para financiar a casa própria foram reduzidos uma única vez.
Desde então, a taxa básica de juros (Selic) caiu de 14% para 6,5%. Porém, ao invés de o banco flexibilizar as taxas, restringiu ainda mais as condições do crédito ao longo do ano passado, diminuindo, por duas vezes, o limite do valor financiado para imóveis usados.
O banco também anunciou, no ano passado, a suspensão de financiamentos pela linha Pró-Cotista, a mais barata depois do "Minha Casa Minha Vida". Contudo, a linha foi restabelecida em janeiro deste ano, segundo o próprio banco.
A Caixa sofreu, em 2017, com restrições de capital e denúncias de má-gestão.