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Caixa faz leilão de imóveis até 78% mais baratos nesta quinta

Os imóveis retomados pelo banco são casas e apartamentos residenciais no estado de São Paulo, ocupados e desocupados

Imóveis: Os bancos sofrem para se livrar de imóveis retomados por falta de pagamento (vicnt/Thinkstock)

Imóveis: Os bancos sofrem para se livrar de imóveis retomados por falta de pagamento (vicnt/Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 11 de julho de 2018 às 10h00.

Última atualização em 11 de julho de 2018 às 10h00.

São Paulo - Nesta quinta-feira (12), a Zukerman Leilões realiza um leilão de 274 imóveis da Caixa, com preços até 78% abaixo do valor de mercado. Os imóveis retomados pelo banco são casas e apartamentos residenciais no estado de São Paulo, ocupados e desocupados. 

Os valores dos imóveis vão de 39.824 reais – um apartamento em São Paulo de 51 m² – a 1.898.381 reais – um apartamento em São Paulo de 230 m².

O leilão acontece presencialmente em São Paulo, no Hotel Maksoud Plaza (Rua São Carlos do Pinhal, 424, Bela Vista), às 10h. Também é possível enviar lances pela internet, com um cadastro prévio no site da Zukerman.

Os imóveis ficam nas seguintes cidades do estado de São Paulo: Arujá, Barueri, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Jandira, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Poá, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Paulo, Suzano e Taboão da Serra.

Bancos sofrem para se livrar de imóveis retomados

O prolongamento da crise obrigou muita gente a deixar de pagar o financiamento imobiliário e a inadimplência aumentou em 2018. Com estoques altos, nunca houve tantos leilões de imóveis retomados como agora, mas os bancos enfrentam dificuldade para se livrar das propriedades

A Caixa, líder em financiamentos imobiliários no país, colocou à venda 28.291 imóveis retomados em 2017, 58% a mais que no ano anterior. Apenas nos cinco primeiros meses de 2018, o banco já colocou à venda 17.559 imóveis retomados. Se continuar nesse ritmo, a Caixa vai ultrapassar a quantidade de 2017 antes do fim do ano.

Com dificuldade para encontrar compradores, os bancos fazem mais leilões com os mesmos imóveis, na tentativa de se livrar dos estoques.  

Comprar imóvel em leilão exige cuidados

Comprar um imóvel retomado por falta de pagamento pode ser um ótimo negócio, desde que você tome alguns cuidados.

O maior risco de um leilão é o tempo que você pode demorar para entrar no imóvel. Isso porque muitos imóveis  ainda não foram desocupados pelos seus antigos donos. Por isso, participar de um leilão de imóveis só é indicado para quem tem paciência para esperar.

Vale lembrar que, se você tiver que entrar com uma ação para despejar o morador, terá um custo adicional. Além disso, se o imóvel estiver ocupado, é provável que você não possa visitá-lo antes de fechar o negócio.

É importante ler o edital com atenção. No edital, estão as principais informações sobre o imóvel a ser leiloado: a data do leilão, o valor mínimo de venda, o estado de conservação do imóvel, quem é o vendedor e de quem são as responsabilidades por cada um dos custos excedentes, como impostos e taxas de condomínio.

Também é válido consultar um advogado que ajude a levantar as dívidas do atual morador, se o imóvel estiver ocupado. Você pode ter que arcar com débitos deixados por ele.

O advogado também pode verificar se há ações judiciais contra a execução do leilão. Nem sempre os bancos esperam o julgamento final dessas ações para colocar o imóvel em leilão extrajudicial.

Outra dica é pesquisar o valor de mercado do imóvel para avaliar se o desconto oferecido no leilão compensa o risco de ter que arcar com custos de Justiça e de reforma.

 

 

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