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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
A Caixa Econômica Federal (CEF) apresentou lucro líquido de 2,07 bilhões de reais. A cifra, 46% superior à de 2004, é o maior resultado de sua história. Em comunicado, o banco atribuiu o desempenho a uma "política de crescimento no mercado, em paralelo às suas atribuições sociais como instituição financeira pública". O foco, antes exclusivamente social, foi ampliado para outras áreas, com a abertura de linhas de crédito comercial, fundos de investimentos e outros produtos financeiros já existentes em bancos de varejo.
O saldo das carteiras de crédito da instituição, por exemplo, ultrapassou 37 bilhões de reais - um crescimento de 28,4% sobre o ano anterior. O destaque ficou para o avanço da participação do crédito comercial - o praticado com taxas e prazos de mercado - sobre a carteira. Seu volume, 14,48 bilhões de reais, já representa 39% do total.
Os empréstimos a pessoas jurídicas quase dobraram na comparação, passando de 8,83 bilhões de reais para 16,44 bilhões. Praticamente todos os recursos (95% do total) foram destinados a micro e pequenas empresas. Para as pessoas físicas, o crédito chegou a 19,25 bilhões, contra 17,08 bilhões em 2004.
Os indicadores de desempenho patrimonial da CEF também melhoraram. O patrimônio líquido do banco, no final de dezembro, era de 7,9 bilhões de reais, contra 6,6 bilhões em 2004. Os ativos totalizaram 188,6 bilhões, um crescimento de 27,6% sobre 2004. Já o índice de Basiléia - que determina a quantidade de capital próprio aplicada em cada operação de crédito - cresceu de 20,27% para 27,87% ao longo do ano. Segundo o Acordo de Basiléia, bancos de países emergentes podem apresentar índice de 11%.
A CEF encerrou o ano com 17 783 pontos de atendimento, entre agências, lotéricas e correspondentes bancários. No ano passado, foram abertas 156 novas agências e postos de atendimento. O total de transações bancárias realizadas pela CEF, em 2005, foi de 2,5 bilhões, das quais, 1,1 bilhão por meio das lotéricas. Em todo o sistema bancário brasileiro, esses estabelecimentos respondem por mais de metade do recebimento de contas a pagar.