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BTG avalia comprar participações minoritárias em gestoras

As compras seguiriam a lógica usada pelo banco ao concordar em se tornar sócio minoritário na nova gestora que está sendo criada

BTG: Há oportunidades para esse tipo de iniciativa indo adiante, tanto no Brasil quanto no exterior, explicou Eduardo Guardia (Germano Lüders/Exame)

BTG: Há oportunidades para esse tipo de iniciativa indo adiante, tanto no Brasil quanto no exterior, explicou Eduardo Guardia (Germano Lüders/Exame)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 29 de outubro de 2020 às 11h25.

(Bloomberg) -O Banco BTG Pactual considera comprar novas participações minoritárias em gestoras de recursos no Brasil.

As compras seguiriam a lógica usada pelo banco ao concordar em se tornar sócio minoritário na nova gestora que está sendo criada por Rubens Henriques, ex-CEO da Itaú Asset Management, de acordo com Eduardo Guardia, ex-ministro da Fazenda e atual CEO da BTG Pactual Asset Management.  Que tal investir com especialistas que selecionam os melhores fundos para o seu perfil? Conheça a EXAME Research.

“Há oportunidades para esse tipo de iniciativa indo adiante, tanto no Brasil quanto no exterior”, disse Guardia, em entrevista por vídeo.

A indústria brasileira de fundos tem crescido a um ritmo acelerado, apesar de um cenário desafiador para os hedge funds globais, à medida que o Banco Central levou a taxa Selic à mínima histórica. Os fundos multimercados tiveram captação líquida de cerca de R$ 81 bilhões neste ano até setembro -- mais do que o valor total para o ano de 2019 e perto do recorde de R$ 85 bilhões atingido em 2017.

A unidade de gestão de recursos do próprio BTG está se beneficiando desse movimento, já que os ativos sob gestão subiram 11% desde o início do ano, para R$ 304 bilhões em junho, de acordo com dados do balanço do banco. Com os investidores à procura de retornos mais atrativos, o banco tem focado em produtos de private equity, fundos de infraestrutura e até fundos que investem em ativos florestais.

O vento a favor para a indústria de fundos vai depender diretamente das perspectivas fiscais do Brasil, diz Guardia. Embora o programa de alívio de US$ 107 bilhões do presidente Jair Bolsonaro para enfrentar a pandemia tenha sido visto como a decisão correta, Guardia destacou a importância de o governo reforçar seu compromisso com as reformas, assim como a manutenção do teto de gastos.

“O teto é uma âncora para a política econômica e fiscal, inclusive para poder sancionar um patamar de juros baixos no país”, disse.

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