Minhas Finanças

Brasileiro paga, em média, 12,5% ao mês de juros no cheque especial 

A expectativa é que as taxas do produto caiam a partir de 6 de janeiro após resolução do Conselho Monetário Nacional

Cheque especial: no ano, a taxa média cobrada é de mais de 300% (Marcio Anderson/Getty Images)

Cheque especial: no ano, a taxa média cobrada é de mais de 300% (Marcio Anderson/Getty Images)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 4 de dezembro de 2019 às 17h01.

São Paulo – Um levantamento divulgado pelo Procon-SP apontou que a taxa média dos juros no cheque especial entre os seis maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander) é de 12,57% ao mês.  Na comparação com novembro, houve uma redução de 0,18 ponto percentual. 

A queda na taxa média se deve a redução do juros cobrados em dois bancos analisados. No mês passado, o Bradesco reduziu sua taxa de 13,45% para 13,41% ao mês, o que significa um decréscimo de 0,04 ponto percentual, representando uma variação negativa de 0,30% em relação à taxa de novembro.

A Caixa também reduziu sua taxa de 9,99% para 8,99% ao mês, o que significa um decréscimo de 1 ponto percentual, ou uma queda de 10% na comparação com a taxa cobrada no mês passado. 

Atualmente, a menor taxa cobrada é da Caixa, de 8,99% ao mês. Já na ponta oposta está a taxa cobrada pelo Santander, que chega 14,95% ao mês.Os dados foram coletados no dia 2 de dezembro e refere-se às taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, independentemente do canal de contratação, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias. Veja tabela abaixo:

BancoCheque especial (ao mês)
Banco do Brasil12,39%
Bradesco13,41%
Caixa8,99%
Itaú13,45%
Safra12,25%
Santander14,95%

Segundo o Procon, mesmo com a significativa redução da Caixa, a taxa média do cheque especial do mês de dezembro ainda é muito elevada,  314,22% ao ano. A expectativa é que as taxas do produto caiam a partir de 6 de janeiro, já que o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma resolução que estabelece que a taxa não poderá superar 8% ao mês cerca de 150% ao ano.

Há uma semana, quando a medida foi anunciada EXAME procurou os bancos para saber quando irão reduzir a taxa do cheque especial. Os bancos disseram que não iriam se posicionar e indicaram procurar a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

Em nota, a federação que representa os bancos afirmou que considera positivas iniciativas para buscar maior eficiência e permitir a redução dos subsídios cruzados no sistema de crédito. Entretanto, está preocupada com "a adoção de limites oficiais e tabelamentos de preços de qualquer espécie. Medidas para eliminar custos e burocracia e estimular a concorrência são sempre mais adequadas aos interesses do mercado e dos consumidores."

Ainda sem a redução da taxa de juros, a orientação dada pelo Procon é que o consumidor evite utilizar o limite do cheque especial. Caso necessite crédito, deve buscar linhas que apresentem taxas de juros menores. Vale a pena sempre lembrar que o consumidor não deve comprar por impulso, para evitar estourar o orçamento. 

Acompanhe tudo sobre:BancosCheque especialcredito-pessoalFebrabanJuros

Mais de Minhas Finanças

Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 55 milhões

Resultado da Mega-Sena concurso 2.799; prêmio é de R$ 20,2 milhões

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio estimado em R$ 18 milhões

Justiça libera R$ 2,6 bilhões em atrasados do INSS; veja quem recebe