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Bradesco foca no varejo para expandir crédito

Banco planeja novas parcerias para alcançar a meta de crescimento de 20% a 25% em sua carteira de crédito em 2007

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

O Bradesco está investindo na parceria com redes de varejo para atrair clientes e alcançar a meta de crescimento de até 25% de sua carteira total de crédito em 2007. Segundo o presidente da instituição, Márcio Cypriano, a expectativa para este ano é de conquista de 2,5 milhões de clientes, grande parte desse número podendo ser obtida por meio de acordos com os varejistas. "Somente a parceria com a Casas Bahia nos rendeu a emissão de 3,5 milhões de cartões de crédito. A baixa renda vê no cartão de crédito um objeto de desejo, e nós, uma grande oportunidade", diz Cypriano.

Seguindo essa estratégia, a instituição fechou nos últimos meses acordos com grandes redes, como Gbarbosa e Lojas Esplanada, fortes na região Nordeste, além da Coop, maior cooperativa de consumo da América Latina. "E a tendência é de crescimento a cada dia. Há muito espaço para expandir, e o Brasil ainda está aprendendo a trabalhar com a concessão de crédito massificado. Nesse ponto, aprendemos também com a experiência dos varejistas", afirma Cypriano, destacando que, no momento, não há nenhuma parceria prestes a ser anunciada, mas há algumas em estudo.

Desde o ano passado, quando adquiriu a American Express Card (Amex), o banco vêm demonstrando grande interesse pelo segmento de cartões, apesar dele representar apenas 4% de sua carteira total de crédito, que hoje é de 122.355 milhões de reais. O crescimento verificado entre o primeiro trimestre de 2006 e o mesmo período de 2007, entretanto, foi de 85%, sendo que o faturamento com as operações de private label (cartões que levam o nome das lojas parceiras) saltou 433%, de 147 milhões de reais no primeiro trimestre do ano passado para 783 milhões de reais no primeiro trimestre desse ano.

Parte desse interesse justifica-se pelo spread bancário (diferença entre o valor captado pelo banco e o emprestado ao cliente) que é maior nas operações com cartões do que nas demais modalidades de crédito. Segundo Cypriano, a margem maior justifica-se pelo fato de a inadimplência do segmento ser mais alta.

Inadimplência

Com a melhora dos fundamentos da economia brasileira, o presidente do Bradesco acredita que a inadimplência deve, senão recuar, ao menos se estabilizar nos próximos meses. Durante o ano de 2006, o que se viu foi uma trajetória ascendente dos pagamentos com atraso superior a 90 dias, partindo de 4,4% em dezembro de 2005 e chegando a 6,3% no final do ano passado. No primeiro trimestre desse ano, a taxa cedeu levemente, para 6,2%.

Entre janeiro e março, o banco reservou como provisão para devedores duvidosos 1,160 bilhão de reais, 222 milhões de reais a mais que nos três primeiros meses de 2006 e acima do valor exigido pelo Banco Central.

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