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Bradesco e Santander fazem leilão de imóveis com até 70% de desconto

Bancos sofrem para se livrar de imóveis retomados por falta de pagamento e leilões são oportunidade para comprar mais barato

 (Witthaya Prasongsin/Getty Images)

(Witthaya Prasongsin/Getty Images)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 11 de fevereiro de 2019 às 13h30.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2019 às 14h52.

São Paulo - Neste mês, os bancos Bradesco e Santander fazem leilões de imóveis abaixo do valor de mercado em diferentes estados — entre terrenos, casas, apartamentos, salas comerciais, lojas e lotes em condomínios. O bancos sofrem para se livrar de imóveis retomados por falta de pagamento  e quem ganha são os interessados em comprar um imóvel mais barato. 

Na próxima quarta-feira (13), a partir das 14h, o banco Bradesco vai fazer um leilão de 20 imóveis. São terrenos, casas, apartamentos e salas comerciais em onze estados. Diferentemente de um leilão tradicional, os lotes não têm um valor mínimo inicial, ou seja, os interessados podem dar o lance que quiserem e, no final, quem oferecer o maior valor compra o imóvel.

O leilão será realizado pela internet, no site da empresa leiloeira Zukerman. Os interessados devem realizar um cadastro prévio. 

As propriedades ficam nos seguintes estados: Pará, Maranhão, Ceará, Paraíba, São Paulo, Bahia, Sergipe, Amapá, Amazonas, Minas Gerais e Piauí. O pagamento dos imóveis leiloados pode ser feito à vista, com 10% de desconto, ou parcelado em até 72 vezes. 

Leilão do Santander

Até 11 de março, o banco Santander também faz um leilão de 118 imóveis com lance mínimo inicial até 70% abaixo do valor de mercado. São casas, apartamentos, salas comerciais, terrenos, lojas e lotes em condomínios, em nove estados. Neste leilão, as propriedades têm um valor mínimo inicial, entre 77 mil reais e 2 milhões de reais. 

O leilão é realizado pela internet, no site da empresa leiloeira Sold. Os interessados devem realizar um cadastro. Os imóveis podem ser parcelados em até 420 meses. 

Os imóveis ficam em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Em Goiânia, em Goiás, por exemplo, um apartamento desocupado com dois quartos, uma vaga e área de lazer, no bairro Aeroviário, tem lance inicial de R$ 205.590. Já em Belo Horizonte, em Minas Gerais, um apartamento com dois quartos, no bairro Juliana, está à venda a partir de R$ 108 mil.

Comprar imóvel em leilão exige cuidados

Comprar um imóvel retomado por falta de pagamento pode ser um ótimo negócio, desde que você tome alguns cuidados.

O maior risco de um leilão é o tempo que você pode demorar para entrar no imóvel. Isso porque muitos imóveis  ainda não foram desocupados pelos seus antigos donos. Por isso, participar de um leilão de imóveis só é indicado para quem tem paciência para esperar.

Vale lembrar que, se você tiver que entrar com uma ação para despejar o morador, terá um custo adicional. Além disso, se o imóvel estiver ocupado, é provável que você não possa visitá-lo antes de fechar o negócio.

É importante ler o edital com atenção. No edital, estão as principais informações sobre o imóvel a ser leiloado: a data do leilão, o valor mínimo de venda — se houver —, o estado de conservação do imóvel, quem é o vendedor e de quem são as responsabilidades por cada um dos custos excedentes, como impostos e taxas de condomínio.

Também é válido consultar um advogado que ajude a levantar as dívidas do atual morador, se o imóvel estiver ocupado. Você pode ter que arcar com débitos deixados por ele.

O advogado também pode verificar se há ações judiciais contra a execução do leilão. Nem sempre os bancos esperam o julgamento final dessas ações para colocar o imóvel em leilão extrajudicial.

Outra dica é pesquisar o valor de mercado do imóvel para avaliar se o desconto oferecido no leilão compensa o risco de ter que arcar com custos de Justiça e de reforma.

 

 

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