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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
O Bradesco anunciou, nesta quinta-feira (16/2), a criação do Banco Bradesco de Investimento (BBI), que reunirá áreas antes dispersas no banco sob um mesmo comando. Estrategicamente, o BBI irá disputar, entre outros, o mercado de emissões corporativas, que tem apresentado altas taxas de crescimento nos últimos anos. Uma pesquisa realizada pelo banco mostrou que as empresas estão cada vez mais interessadas em realizar investimentos para ampliar seu parque fabril e expandir suas atividades - e, portanto, necessitam captar recursos para se financiar.
Os dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) confirmam a expansão do mercado de títulos privados. No ano passado, foram realizadas 28 emissões de ações, entre operações primárias e secundárias, que somaram 11 bilhões de reais. Já as emissões de debêntures alcançaram 41,5 bilhões de reais, distribuídas em 59 captações. Em 2004, foram 21 emissões de ações, num total de 9,152 bilhões de reais; e 47 de debêntures, equivalentes a 9,614 bilhões.
A premissa do banco é que o Brasil está entrando numa rota de crescimento sustentado, o que estimulará a expansão das companhias. "Sem dúvida, temos perspectivas de aumento do nível de emprego e conseqüente expansão da renda", afirmou o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, em nota ao mercado.
Áreas agrupadas
O BBI agrupará cinco áreas já existentes, mas que se vinculavam de modos diversos à estrutura do Bradesco. O Departamento de Mercado de Capitais e o Bradesco Private Bank eram divisões do próprio banco. Já o Bradesco Asset Management, a Bradesco Corretora de Valores e a Bradesco Securities (com sede em Nova York) possuíam personalidade jurídica própria.
O BBI ainda não foi juridicamente constituído. A expectativa é que sua formalização ocorra o mais rápido possível. O BBI será subordinado ao vice-presidente da Área de Investimentos do Bradesco, José Luiz Arcar Pedro, mas a diretoria-executiva da nova subsidiária integral ainda não foi definida.
O BBI nascerá com uma carteira aproximada de 130 bilhões de reais. "Com o BBI, vamos agregar valor ao acionista pelo fortalecimento da nossa parceria com os clientes que querem crescer junto com o Brasil", afirmou Cypriano.