EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
Entre o feriado de Corpus Christi e o final de semana, o último dia de negócios da semana na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi de alívio para o mercado. O Ibovespa subiu 4,42%, fechando aos 34.398 pontos.
O resultado positivo, no entanto, não animou o mercado. "Os comentário feitos ontem pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, deram fôlego às operações. Porém, a raiz do probelma continua sendo a expectativa de alta nos juros", afirma o analista do Banif Primus, Roger Oey.
Na última quinta-feira (15/6), o presidente do Fed disse, em discurso no Clube de Economia de Chicago, que a inflação está sendo acompanhada de perto. O impacto do aumento dos preços de energia, segundo ele, está sendo limitado, o que comprovaria a eficácia da política monetária do país. Diante desse discurso, afirma Oey, os analistas mais conservadores, que cogitavam aumento de 0,5 ponto percentual nos juros norte-americanos, reviram suas previsões para baixo, fixando-as em 0,25 ponto percentual.
"A reação de hoje é, na verdade, um alívio temporário. Com a proximidade da reunião do Fed, que está agendada para os dias 28 e 29 de junho, a tendência é de que a instabilidade aumente", diz o analista.
Próximos pregões
Os negócios na Bovespa na semana que vem não devem passar por grandes agitações. Como não há previsão de divulgação de indicadores econômicos, os especialistas apostam em uma semana menos conturbada. "Não há motivos para novas quedas. O mercado já está trabalhando com os juros americanos a 5,25% ao ano. Por isso, o Ibovespa não deve cair mais", afirma o analista da corretora Souza Barros, Ricardo Tadeu Martins.
As bolsas americanas registraram grande volatilidade nessa sexta-feira. O Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou praticamente estável, com ligeira queda de 0,01%, aos 11.014,55 pontos. Já o índice da bolsa eletrônica Nasdaq recuou 0,66, para 2.129,95 pontos.