Minhas Finanças

Bolsas podem subir com acordo grego, diz BlackRock

Gestora tem visão "cautelosamente otimista" para os mercados, afastando a possibilidade de desfechos mais sombrios para a crise

Parlamento grego já aprovou seu impopular plano de austeridade (Aris Messinis/AFP)

Parlamento grego já aprovou seu impopular plano de austeridade (Aris Messinis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 12h45.

São Paulo – A conclusão das negociações da reestruturação da dívida grega deve impulsionar os mercados em fevereiro e potencialmente até em março, diz a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo. Nas palavras de Jeffrey Rosenberg, chefe de investimentos para renda fixa que assina o relatório da gestora, a finalização das negociações significa o reconhecimento do “maior calote soberano na história dos mercados financeiros”.

Sua ocorrência com ou sem “consequências não premeditadas” será o fator-chave para a performance dos mercados no curto prazo, diz o relatório. “Nós permanecemos cuidadosamente otimistas, acreditando que os piores e mais temidos desfechos podem ser evitados”, diz Rosenberg no relatório.

Para a BlackRock, a volatilidade deve continuar alta, e um acordo com o setor privado será apenas um primeiro passo para evitar um default mais duro. “Para evitar esse desfecho, será necessária uma participação suficiente do setor privado”, diz o relatório, referindo-se à adesão voluntária dos credores privados à renegociação.

A BlackRock também descarta o colapso do euro, embora creia num ligeiro declínio da moeda europeia. Apesar da visão “cautelosamente otimista” em relação a ativos de risco, a gestora recomenda aos investidores hedge contra esse possível declínio do euro, com posições vendidas na moeda e compradas em dólar.

A gestora lembra ainda que existem sinais de fundamentos melhores na economia dos EUA e de relaxamento nos temores em relação à crise europeia, o que pode facilitar uma ligeira alta nos juros americanos ao longo de 2012, apesar da promessa do Fed, o banco central americano, de manter as taxas de juros baixas até o fim de 2014.

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