Redação Exame
Publicado em 16 de maio de 2025 às 10h54.
A Caixa inicia, na próxima segunda-feira, 19, o pagamento do Bolsa Família referente ao mês de maio.
O pagamento do benefício é realizado de acordo com o final do Número de Identificação Social – NIS, com término previsto para dia 30. Ao todo cerca de 20,4 milhões de famílias recebem o Bolsa Família.
As famílias que recebem seu benefício pelo Caixa Tem podem movimentar os recursos pelo App.
A Caixa, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, realizará o pagamento do benefício referente ao mês de maio de 2025 no primeiro dia do calendário, independentemente do número do NIS, para beneficiários de alguns munícipios do Amazonas, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Sergipe e São Paulo, em razão de decretos de situação de emergência provocados por condições climáticas.
O cronograma completo de pagamento é o seguinte:
19 de maio – NIS final 1
20 de maio – NIS final 2
21 de maio – NIS final 3
22 de maio – NIS final 4
23 de maio – NIS final 5
26 de maio – NIS final 6
27 de maio – NIS final 7
28 de maio – NIS final 8
29 de maio – NIS final 9
30 de maio – NIS final 0
Os beneficiários do Bolsa Família recebem o mínimo de R$ 600 por família e podem ter acréscimos de acordo com a composição familiar. Por exemplo, o Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até 6 meses de idade, para garantir a alimentação da criança. Além disso, há acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.
O auxílio-gás foi criado pelo governo federal para mitigar o impacto do preço do gás de cozinha no orçamento das famílias mais vulneráveis. O valor corresponde a 100% do valor médio nacional do botijão de gás de 13kg, divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Essa média considera o preço dos últimos seis meses. Os pagamentos são realizados sempre em meses pares.
A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa da casa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família.
Por exemplo, se um integrante da família recebe um salário mínimo (R$ 1.518), e nessa família há sete pessoas, a renda de cada um é de R$ 216,85. Como está abaixo do limite de R$ 218, ela tem direito a ingressar no programa social.
Para se tornar beneficiário, é preciso se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — que garante a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais do governo federal. A inscrição pode ser feita nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) das prefeituras.
Estar no Cadastro Único, porém, não significa a entrada automática no Bolsa Família. O cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada.
Os beneficiários podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa Tem, não sendo necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal para realizar o saque.
Eles também podem utilizar o cartão virtual do Caixa Tem para realizar compras nos estabelecimentos comerciais por meio da função de débito e realizar saques em terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes bancários, além dos caixas das agências.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na quinta-feira, 15, que não há qualquer decisão ou estudo em andamento para um reajuste do Bolsa Família de R$ 600 para R$ 700 por mês a partir de 2026.
A coluna do jornalista Thomas Traumann, na revista Veja, afirmou que o governo estaria estudando elevar o valor do benefício a partir de janeiro do próximo ano, além de outros medidas para melhor a popularidade.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) afirmou que o programa foi reforçado desde março de 2023 e já contribuiu para diminuir a pobreza no país, mas esclareceu que não aumentará o valor.
"Vale destacar que o Bolsa Família não substitui o salário, mas é um instrumento de proteção contra a insegurança alimentar e para garantir despesas básicas. O MDS tem trabalhado ativamente para promover a autonomia das famílias por meio do Programa Acredita no Primeiro Passo, que incentiva o emprego e o empreendedorismo", disse em nota.