A CME Group Inc. (CME), operadora da bolsa de futuros de Chicago está mais próxima de adquirir a Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex). A negociação, que vem ganhando força desde janeiro, se intensificou nesta semana, quando a CME ofereceu uma maior quantia em dinheiro aos acionistas da Nymex.

A possível compra da Nymex pela CME estaria avaliada em torno de 13,3 bilhões de dólares. Pelos termos do acordo, os acionistas da Nymex receberiam cerca de 9, 5 bilhões de dólares em dinheiro. Por enquanto, CME disse que pretende manter os espaços em que são realizados os seus pregões, na área metropolitana de Nova York. De acordo com jornal The Wall Street Journal, ambas têm até o dia 15 deste mês para bater o martelo.

Atualmente, a CME é a maior bolsa de derivativos do mundo. Com a fusão, ela estaria avaliada em 35 bilhões de dólares e competiria em valor de mercado com as bolsas de Hong Kong e da Alemanha. Já a Nymex é considerada uma das maiores bolsa do mundo para contratos de opções e de futuros para commodities físicas (matérias-primas), mas, ultimamente, tem tido seu domínio desafiado pelo advento da negociação eletrônica, liderada por sua concorrente InterContinenal Exchange Inc (ICE).

 Nos últimos anos, bolsas de ações e de futuros em todo o mundo têm se envolvido em uma acelerada onda de fusões, na medida em que as empresas buscam expandir suas ofertas e se tornarem mais internacionais.  

No final do ano passado, a CME adquiriu 11 % de participação da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Na operação, a partir de setembro, os derivativos da BM&F serão comercializados em 80 países por meio da plataforma eletrônica da CME e os produtos da CME serão negociados por meio da bolsa brasileira. Além desta operação no Brasil , há rumores de que aconteça a fusão entre a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e BM&F, o que faria da bolsa brasileira uma das maiores do mundo.

Às 14h20, horário de Brasília, as ações da CME estavam cotadas a 496,71 dólares, com queda de 0,34%.