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Bolsa argentina desaba com temor de moratória

Risco-país supera 1.900 pontos após anúncio do governo de estatizar a previdência

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O mercado reagiu mal à decisão do governo argentino de estatizar o atual sistema de previdência privada e transferir seus fundos e futuras contribuições para um novo sistema único estatal e obrigatório. Um dia após o anúncio a Bolsa de Valores de Buenos Aires despencou até 16%, a maior baixa de sua história. O risco-país, medido pelo banco ameicano JPMorgan, ultrapassou os 1.900 pontos, segundo informações do jornal portenho “Clarín”.

Para a agência de notícias Bloomberg, a estatização dos fundos mostra que o país está de novo sob a ameaça de moratória da dívida. Analistas temem que o governo queira usar os recursos aplicados em previdência para conseguir arcar com as próprias despesas financeiras, em um ambiente de queda dos preços das commodities e alta da inflação. Com a estatização, o governo passa a controlar quase 30 bilhões de dólares dos fundos de pensão. A última vez que a Argentina deixou de pagar sua dívida externa foi há menos de sete anos.

O "Clarín" informa ainda que as ações de bancos caíram 20%. Outras baixas chamaram a atenção: Telecom com -33,4%; Banco Macro, -25,8%, e Edenor, - 23,4%. O dólar, por sua vez, mantém-se com relativa estabilidade, na espera de uma nova intervenção do governo argentino, como ocorreu nesta terça-feira.

O objetivo oficial da reforma previdenciária é “resgatar” os aposentados e afiliados dos fundos de pensão privada, cujas perdas mais recentes somaram 20% por conta das instabilidades dos mercados. A ação foi classificada pelo governo como a principal medida para conter os efeitos da crise internacional. O sistema previdenciário argentino possui cerca de 9,5 milhões de afiliados aos fundos privados.

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