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Black Friday: vendas crescem 7%, mas ficam abaixo do patamar de 2019

Faturamento nominal em todo o país nos quatro dias da Black Friday cresceu 16,4% no e-commerce em relação a um ano atrás, revela o Índice Cielo do Varejo Ampliado, antecipado pela EXAME Invest

Loja de eletrodomésticos em Teresina, no Piauí: vendas no varejo físico cresceram 4% na Black Friday de 2021 | Foto: Leandro Fonseca/EXAME (Leandro Fonseca/Exame)

Loja de eletrodomésticos em Teresina, no Piauí: vendas no varejo físico cresceram 4% na Black Friday de 2021 | Foto: Leandro Fonseca/EXAME (Leandro Fonseca/Exame)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2021 às 18h16.

Última atualização em 29 de novembro de 2021 às 18h25.

As vendas para a Black Friday deste ano confirmaram o ritmo de recuperação da economia e do varejo em particular, mas mostraram que o caminho para a retomada aos níveis pré-pandemia ainda está sendo percorrido. É o que revelam os dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta segunda-feira, dia 29, em primeira mão pela EXAME Invest.

O faturamento nominal (ou seja, sem descontar a inflação do período) do varejo cresceu 6,9% no período considerado para a Black Friday deste ano, entre os dias 25 e 28 de novembro, de quinta a domingo da semana que passou, em relação aos mesmos dias da semana do ano anterior. Os dados incluem os segmentos de serviços e comércio.

O crescimento foi maior nas vendas do e-commerce, com alta de 16,4%, acima dos 4% registrados nas lojas do varejo de rua e de shoppings. O e-commerce, porém, ainda responde por parcela reduzida do faturamento total.

Apesar do resultado positivo na ponta, o faturamento nominal ainda ficou 3,8% abaixo dos níveis registrados em novembro de 2019, na Black Friday realizada antes da pandemia do coronavírus.

A Cielo é a empresa líder do mercado de adquirência, o segmento de empresas que fazem o processamento de pagamentos com cartões, conectando o comércio com bancos e fintechs e as empresas de cartões. Ela transaciona cerca de 700 bilhões de reais por ano em uma base de 1,3 milhão de varejistas, de pequenos comerciantes a grandes redes.

Trata-se de um volume equivalente a 14% do consumo das famílias do país, com abrangência nacional. O ICVA é calculado com um modelo que tira o viés da base da Cielo e extrapola o resultado para todo o mercado, captando as vendas de outros meios de pagamento e de outras adquirentes.

Veja abaixo a lista dos setores que mais cresceram o faturamento no período* da Black Friday:

  1. Turismo e transporte: +46,0%
  2. Cosméticos e higiene pessoal: +15,3%
  3. Drogarias e farmácias: +7,2%
  4. Supermercados e hipermercados: +5,6%
  5. Móveis, eletro e departamento: +5,2%
  6. Vestuário: +4,2%
  7. Livrarias, papelarias e afins: +0,5%
  8. Óticas e joalherias: -1,3%
  9. Veterinárias e pet shops: -1,4%
  10. Material de construção: -8,8%

*Faturamento nominal entre os dias 25 e 28 de novembro na comparação anual

No recorte analítico por estados, Santa Catarina (+13,7%), Ceará (+8,4%) e Rio Grande do Sul (+7,9%) apresentaram o maior crescimento nos quatro dias da Black Friday em termos nominais do faturamento; na outra ponta, Distrito Federal (-1,9%), Rio de Janeiro (+1,6%) e Bahia (+2,8%) tiveram os resultados mais baixos na comparação anual.

 

 

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