Black Friday: brasileiros revelam intenção de compra no Twitter (Europa Press News/Getty Images)
Marília Almeida
Publicado em 16 de novembro de 2020 às 14h01.
A poucos dias da Black Friday no Brasil, que acontecerá no próximo dia 27, é possível evitar a maquiagem de preço e identificar falsas promoções com a ajuda de ferramentas como a Black ou Fraude, criada pelo comparador de frete Reduza. A prática consiste em aumentar os preços antes da data do evento para depois baixá-los de forma proposital.
A página faz uma análise das promoções, comparando preços nas diferentes formas de pagamento (à vista e parcelado), histórico de preços dos últimos 60 dias e valor do frete para determinar o preço final da compra para o CEP do consumidor.
Isso porque, além de maquiagem de preços, há pegadinhas. O valor maior do produto pode não estar no preço do item em si, mas no valor do frete, que pode representar até 40% do valor da compra e varia até 400% de uma loja para outra. Além disso, muitos comparadores apontam o menor preço para o valor à vista, o que pode fazer com que o consumidor pague mais caro ao finalizar a compra, caso queira comprar de forma parcelada.
Para usar a ferramenta, basta copiar o link do produto da loja que anunciou a promoção, colar no site, clicar em “verificar preço” e informar o CEP. A plataforma buscará informações sobre o preço com relação a outras lojas, outras datas, cupons de desconto e calcula o valor do frete para determinar o valor final da compra.
Segundo uma pesquisa recente realizada pelo Reclame Aqui com mais de 3.000 consumidores apenas 4,07% dos entrevistados confiam plenamente na Black Friday. Outros 95,93% confiam parcialmente ou não confiam. Já um levantamento realizado pelo Procon-SP sobre a Black Friday de 2018, a maquiagem de preço foi o principal problema reportado pelos consumidores (30,33%).
Além da maquiagem de preço outro problema são os golpes aplicados por meio de falsas promoções por email ou em redes sociais. As ofertas chamam atenção do consumidor com altos descontos para levá-los para páginas clonadas das lojas, sites falsos usados para dar golpes ou roubar dados bancários.
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O site faz uma análise da URL para identificar se trata-se do site oficial da loja, ou se pode ser um site clonado por criminosos que pode leva-lo a um golpe.
Veja abaixo as dicas do Reduza para evitar glopes:
1. Desconfie de preços muito baixos
Viu uma promoção incrível no Facebook, Instagram ou em seu e-mail? Cuidado, o preço é o primeiro sinal para esse tipo de golpe, que geralmente oferece produtos incríveis com preços praticamente impossíveis.
2. Confira o link/URL destino da promoção
Ao abrir o anúncio, faça uma análise da URL, que é o link que te levou ao site da promoção. Veja se realmente é o site oficial da loja. Na dúvida acesse o site da loja diretamente ou pelo Google e pesquise pelo item da promoção.
Se for uma loja que não é popular, faça buscas nas redes sociais, sites de reclamações, lista do Procon, ligue na loja. Na dúvida, não compre e prefira sites confiáveis, que você já conhece e são mais populares.
3. Confira o nome da página ou perfil que divulgou a promoção
É muito comum um anúncio partir das redes sociais tentar remeter ao nome da loja, ou de uma promoção. Veja se é a página ou perfil oficial da loja que está anunciando.
4. O “cadeadinho verde”, ou HTTPS, não é garantia de segurança nesses casos
Muito se ensina sobre a importância de comprar em sites com selos de segurança. Mas eles na verdade garantem sigilo dos dados e não se o site é confiável. Inclusive muitos sites clonados já trazem URL’s com protocolos “https://”, que é importante, mas não garante se você está em um site confiável.