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Banco Central quer responsabilizar bancos por fraudes envolvendo o Pix

Isso porque tem crescido o número de casos em que ladrões roubam os celulares de vítimas com o intuito de acessar os aplicativos bancários para transferir indevidamente o dinheiro para outras contas

Pix: estamos apertando os bancos o máximo possível para que eles não tenham capacidade de ser hospedeiros de contas laranjas ou intermediárias (Rafael Henrique/SOPA/Getty Images)

Pix: estamos apertando os bancos o máximo possível para que eles não tenham capacidade de ser hospedeiros de contas laranjas ou intermediárias (Rafael Henrique/SOPA/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de junho de 2022 às 14h13.

Última atualização em 1 de junho de 2022 às 15h39.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade monetária vai iniciar um processo de responsabilização de bancos caso haja fraudes envolvendo o Pix. Isso porque tem crescido o número de casos em que ladrões roubam os celulares de vítimas com o intuito de acessar os aplicativos bancários para transferir indevidamente o dinheiro para outras contas.

"Quando alguma fraude é cometida por Pix, é preciso ter uma conta receptora. Se eu chego para você e peço para fazer um Pix para mim, de duas, uma: ou vai ter um Pix na minha conta, com todos os meus dados lá, e vai ser fácil me prender; ou eu estou recebendo por uma conta laranja, intermediária", explicou Campos Neto, que participou de uma audiência na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados na terça-feira, 31. "Então estamos apertando os bancos o máximo possível para que eles não tenham capacidade de ser hospedeiros de contas laranjas ou intermediárias. Inclusive, vamos começar o processo de responsabilizar os bancos se for feita uma fraude Pix, e eles tiverem uma conta laranja."

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de São Paulo suspeita que quando os roubos começaram a ganhar força na capital paulista, no ano passado, não havia muito envolvimento de membros do PCC, uma vez que seriam crimes que atraem a atenção da polícia e atrapalham o tráfico. Com o tempo, contudo, viu-se que poderia ser algo lucrativo pelo valor das transações.

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