. (Gabriel Queiroz/Thinkstock)
Agência Brasil
Publicado em 9 de dezembro de 2018 às 17h42.
Última atualização em 9 de dezembro de 2018 às 17h42.
O Banco Central (BC) concedeu na última semana a primeira autorização de funcionamento para uma fintech (empresa de inovação no mercado financeiro) de crédito operar como Sociedade de Crédito Direto (SCD). Nessa modalidade, a empresa pode oferecer crédito com recursos próprios e vender suas carteiras de crédito para outras instituições financeiras. A QI Sociedade de Crédito Direto tem capital social de R$ 2 milhões, com sede em São Paulo.
Em abril deste ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) criou dois modelos para as fintechs operarem no mercado de crédito: a SCD e a sociedade de empréstimo entre pessoas (SEP). Nesse segundo sistema, as empresas ou pessoas físicas entram numa plataforma para emprestarem dinheiro a outras pessoas, modalidade conhecida como peer-to-peer lending. O objetivo é aumentar a concorrência no sistema financeiro e fazer com que uma parcela maior da população tenha acesso a serviços financeiros, como empréstimos, seguros, investimentos e meios de pagamento.
As resoluções do CMN abriram caminho para as fintechs atuarem sem vinculação a uma instituição financeira convencional. Elas também não podiam emprestar com recursos próprios. O CMN estabeleceu capital mínimo de R$ 1 milhão para as fintechs de ambos os tipos poderem operar.
Atualmente, existem 11 pedidos de autorização de funcionamento de SEP e SCD em análise no BC.