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Barclays vê oportunidade de compra das ações da BM&FBovespa

Iniciativas de expansão da Bolsa, que quer se tornar porta de entrada do mercado latinoamericano, influenciaram previsão

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

São Paulo - A iniciativa da BM&FBovespa e do Banco Central de promoverem o Brasil, e principalmente São Paulo, como um importante centro de investimentos e negócios na América Latina pode dar certo, segundo o banco britânico Barclays. O analista Henrique Caldeira considera que o preço justo dos papéis alcança 15 reais, um potencial de alta de 30% em relação à cotação atual.

Na última quarta-feira foi anunciada a Brasil Investimentos e Negócios (Brain), um esforço conjunto da Bovespa, da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) e da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). Com o sistema criado pela parceria, investidores poderão negociar diretamente os ativos brasileiros e de toda América Latina através da Bovespa. A ideia é transformar o país na porta de entrada para investimentos estrangeiros na América Latina.

Para que o programa dê certo, porém, acordos de interconexão com os mercados do Chile, da Argentina, do Peru, da Colômbia e do México serão necessários. E regras claras para a cobrança de taxas, para investimentos estrangeiros diretos e para facilitar o fluxo dos negócios deverão ser estabelecidas.

E um passo em direção à facilitação das operações do Brain foi dado no mesmo dia, com o anúncio do Banco Central (BC) de mudanças nas normas de câmbio. A instituição e o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiram simplificar registros de fluxos de investimentos diretos, créditos externos, royalties, transferência de tecnologia e arrendamentos mercantis externos para reduzir custos e a velocidade das transações, desburocratizando os negócios estrangeiros. O BC também espera melhorar a segurança jurídica das operações.

Em relatório, o banco diz que enxerga uma oportunidade de compra dos papéis da BM&FBovespa por causa de fatores como o acordo com a Bolsa de Chicago (CME, Chicago Mercantile Exchange), a maior do mundo, e a possibilidade de estreitamento de parcerias com instituições asiáticas - em emissão de ações estrangeiras aqui no Brasil (BDRs) e listagem de ativos nas Bolsas estrangeiras.

Além disso, o valor das ações da bolsa paulista caiu 9% desde o anúncio de seus planos de aumento dos invetimentos, o que aumentou o potencial de valorização dos papéis.

Às 11h21, as ações da BVM&FBovespa apresentavam uma desvalorização de 0,09%, sendo negociadas a 11,47 reais.

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