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Barclays inclui CSN, Agra, GP e Cesp na lista das melhores para investir nas Américas

Analistas destacam bons fundamentos das empresas e esperam grande potencial de crescimento para elas em 2010

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

O banco de investimentos britânico Barclays divulgou, nesta terça-feira (15/12), relatório com uma análise das melhores empresas das Américas para investir em 2010. Na relação o banco incluiu as brasileiras CSN, Agra, GP Investimentos e Cesp.

A análise de cada empresa teve como pano de fundo uma expectativa por parte dos analistas de que o crescimento econômico mundial deve voltar a níveis considerados “normais”. Essa visão otimista se apoia na expectativa de um poderoso ciclo de negócios motivado por políticas de combate à recessão.

Nos mercados desenvolvidos, é esperada uma retomada do crescimento acima do consenso do mercado. Os analistas esperam que a recuperação seja mais expressiva nos Estados Unidos. Já os mercados emergentes “evitaram os fatores de aumento da recessão e já estão posicionados para uma moderação em seu crescimento”, dizem os analistas do Barclays.

Cinco razões
É este o número de argumentos apresentados pelos analistas para justificar a inclusão da CSN na lista de melhores empresas para investir: 1-) o elevado crescimento do negócio de mineração e a exposição favorável da companhia à tendência de alta no preço do minério de ferro; 2) grande competência quanto ao custo das extrações; 3) ganhos de maior visibilidade dos ativos; 4) possibilidade de ganhos adicionais de participação de mercado na indústria de aço brasileira; e 5) valor de mercado atrativo em relação a outras empresas do setor.

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O Barclays acredita que as siderúrgicas brasileiras estão negociando a múltiplos elevados, e que o preço das ações desse segmento podem estar sobreavaliados em relação à melhora dos fundamentos das empresas. Por isso, os analistas recomendam uma maior exposição a empresas que também atuem no setor de minério de ferro, e a CSN aparece como uma das principais empresas que atuam no processamento do minério.

As ações estratégicas da siderúrgica também contam a favor, na opinião dos analistas. O banco destaca a compra de minas de carvão em Moçambique e na África do Sul. “O modelo de negócios verticalmente integrado da CSN permite à companhia ter um dos mais altos níveis de lucratividade na indústria siderúrgica mundial”, diz o relatório do Barclays.

Agre
A resultante da associação entre Agra, Klabin Segall e Abyara oferece, de acordo com os analistas, liquidez e escala típicos das maiores empresas do setor imobiliário no Brasil, apesar de ainda ter suas ações negociadas a múltiplos 50% inferiores em relação a seus pares. Para o Barclays, as diferenças quanto ao lucro, o crescimento e os riscos não justificam esse descolamento entre os papéis da Agre e o de outras empresas.

“Agora que a integração da fusão está completa, acreditamos que a companhia está bem posicionada para crescer, à medida que apresenta uma estrutura operacional saudável. A escala da companhia deve facilitar o acesso ao mercado de capitais, uma vez que seu tamanho, volume e liquidez são comparáveis ao setor de blue chips (conjunto de ações de empresas sólidas, que apresentam grande liquidez)”, aponta o relatório do banco. 
 

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Exposição ao crescimento
Para os analistas do Barclays, investir em ações do fundo GP Investments é uma maneira de conseguir rápida exposição a segmentos de elevado crescimento no Brasil, pois o fundo inclui um diversificado portfólio de ações de empresas domésticas voltadas para o consumo interno.

“A maior parte do portfólio (da GP) compreende produtos que gozam de fortes posições em seus respectivos nichos de mercado, e que podem emergir como líderes do setor. Acreditamos que os maiores beneficiados no longo prazo da expansão da riqueza doméstica brasileira ainda não foram listados, havendo, portanto, espaço para oportunidades no mercado de capitais”.

Investir no GP, de acordo com os analistas, significa ter acesso à indústria de private equity brasileira, beneficiada pela experiência dos gestores de fundo e pela rede de contatos desenvolvida nos últimos 16 anos. “O GP está envolvido em mais de 50 investimentos em private equity, incluindo alguns muito lucrativos, como nos casos de ALL, Submarino, Gafisa, Equatorial Energia, Lupatech, dentre outros”, diz o relatório.

Renovações
A forte geração de caixa da Cesp é uma das razões da presença da companhia na lista do Barclays. Entretanto, os analistas destacam que a provável renovação das concessões de distribuição de energia, as quais expiram em 2015, devem beneficiar a Cesp. Além disso, “uma vez resolvido o problema das concessões, o processo de privatização da companhia poderia ser retomado, com 100% dos direitos de tag along para os acionistas minoritários”.

Entretanto, os analistas apontam um risco para o desempenho da empresa, relacionado às eleições estaduais previstas para outubro de 2010. Se um governador com uma relação “menos amigável com o mercado” subir ao poder em São Paulo, pode excluir a Cesp do programa estadual de privatizações.

 

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