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Bancos fazem campanha contra golpes financeiros. Veja como evitá-los

Campanha da Febraban lista golpes mais aplicados no país e dá dicas de como preveni-los

WhatsApp (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

WhatsApp (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 15 de outubro de 2021 às 20h01.

Última atualização em 18 de outubro de 2021 às 11h05.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) lançou nesta sexta-feira, 15, uma campanha para alertar a população a se prevenir de fraudes.

Intitulada Pare & Pense #Pode ser Golpe, a iniciativa divulga informações e dicas para que clientes bancários se protejam de golpes aplicados por criminosos, como o do falso motoboy, da troca de cartão, de pedidos de dinheiro pelo WhatsApp e da falsa central ou do falso funcionário de banco.

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Além de anúncios na TV aberta e fechada a estratégia também inclui a participação de influencers que darão dicas antifraudes em suas redes sociais, como Preta Gil, GKay, Majur, Leo Santana, Gabi Versani, Felipe Roque, Blog da Cora e Vó da Pomba.

A campanha inclui o site Antifraudes, que tem uma listagem dos golpes mais aplicados no Brasil e dicas de como preveni-los. Conheça abaixo os principais e como eles devem ser evitados

Golpe da falsa central de atendimento

O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual ela tem um relacionamento ativo. Informa que sua conta foi invadida, clonada ou outro problema e, a partir daí, solicita seus dados pessoais e financeiros. Pode até pedir para que o cliente ligue na central do banco, no número que aparece atrás do seu cartão, mas continua na linha para simular o atendimento da central e pedir os dados da conta, dos cartões e, principalmente, a senha.

Como evitar

Se receber esse tipo de contato, desligue e entre em contato com a instituição financeira através dos canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para saber se algo aconteceu com a sua conta. O banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.

Golpe do falso motoboy

O cliente recebe uma ligação do golpista que se passa por funcionário do banco, dizendo que o cartão foi fraudado. O falso funcionário solicita a senha e pede que o cartão seja cortado, mas que o chip não seja danificado. Em seguida, diz que o cartão será retirado na casa do cliente. O outro golpista aparece onde a vítima está e retira o cartão. Mesmo com o cartão cortado, o chip está intacto e os fraudadores podem utilizá-lo para fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.

Como evitar

Os bancos nunca pedem o cartão de volta nem mandam portadores até a casa de clientes para buscá-lo. Se receber esse tipo de ligação ou visita, não entregue nada para ninguém e ligue imediatamente para o banco, de preferência de um celular, para saber se há algum problema com a sua conta.

Golpe no WhatsApp

Os golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações em mãos, os criminosos tentam cadastrar o WhatsApp da vítima nos aparelhos deles. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo.

Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular, têm acesso a todo o histórico de conversas e contatos. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos, passando-se pela pessoa, pedindo dinheiro emprestado.

Como evitar

Desconfie de pessoas pedindo dinheiro ou seus dados por aplicativos de mensagem. Geralmente os golpistas apelam para alguma urgência falsa e pedem depósitos e transferências via Pix para contas de terceiros ou então para pagar alguma conta.

Proteja o seu WhatsApp de invasões e clonagens. Nas configurações do aplicativo, clique em “Conta”, depois em “Confirmação em Duas Etapas” e ative essa funcionalidade de segurança com uma senha. Você diminui a chance de golpistas roubarem seu número. E nas configurações de privacidade, deixe a sua foto de perfil pública apenas para os seus contatos, assim ninguém a utiliza para golpes. Nunca compartilhe o código de segurança. E caso receba mensagens de parentes ou conhecidos pedindo dinheiro emprestado, confirme a identidade de quem está do outro lado.

Golpe da troca do cartão

Golpistas que trabalham como vendedores prestam atenção quando você digita sua senha na máquina de compra e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com seu cartão e senha, fazem compras usando o seu dinheiro. O mesmo pode acontecer com desconhecidos oferecendo ajuda no caixa eletrônico. Eles se aproveitam de alguma dificuldade sua no terminal eletrônico para pegar rapidamente o seu cartão e depois devolver um que não é seu, ao mesmo tempo que espiam sua senha.

Como evitar

Fique sempre atento na hora das compras. Confira se é mesmo o seu nome impresso no cartão devolvido e, se possível, passe você mesmo o cartão na maquininha em vez de entregá-lo para outra pessoa. Nos caixas eletrônicos, procure funcionários do banco devidamente uniformizados, não aceite ajuda de desconhecidos.

Golpe do link falso

Um golpe em que normalmente ofertas muito atrativas chegam por e-mail ou redes sociais como iscas para que os usuários informem seus dados como número de CPF, conta, cartões e senhas. Essas mensagens também podem instalar vírus e aplicativos que roubam seus dados por meio de links maliciosos, permitindo os golpistas acessarem suas contas.

Como evitar

Desconfie de mensagens que você não pediu ou aprovou, e de ofertas em que o desconto é tentador demais. Fique atento ao e-mail do remetente, empresas de grande porte não utilizam contas privadas como @gmail, @hotmail ou @terra e entidades públicas sempre usam @gov.br ou @org.br. Em caso de links, confira se o endereço da página corresponde ao correto. Em caso de dúvida, não clique.

Golpe do falso leilão

Golpistas criam sites falsos de leilão, anunciando todo tipo de produto por preços bem abaixo do mercado. Depois pedem transferências, depósitos e até dinheiro via Pix para assegurar a compra. Geralmente apelam para a urgência em fechar o negócio, dizendo que você pode perder os descontos. Mas nunca entregam as mercadorias pagas. Além disso, os fraudadores podem se aproveitar para roubar informações importantes como CPF e número de conta das vítimas.

Como evitar

Sempre pesquise sobre a empresa de leilões em sites de reclamação e confira o CNPJ do leiloeiro. Nunca faça transações financeiras em sites que não tenham o cadeado de segurança no navegador e certificados digitais para transações, nem faça transferências para contas de pessoas físicas.

Cuidado com as senhas

Golpistas só conseguem entrar em sua conta bancária usando sua senha e seus dados. E eles podem conseguir essas informações de várias formas: fingindo ser um funcionário do banco, olhando você digitar a senha no caixa eletrônico, enviando falsos portadores ou durante uma compra presencial e até roubando seu celular para procurar senhas anotadas e os dados da sua conta ou cartão de crédito guardados em bloco de notas, arquivos ou em históricos de conversas no WhatsApp ou no e-mail.

Guarde suas senhas com cuidado, não anote em papéis nem no bloco de notas do celular ou computador. Use senhas diferentes para cada uma de suas contas e, sempre que possível, use senhas fortes, lembrando-se de ativar a “autenticação em dois fatores” nas plataformas de internet que usar.

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