EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
Pelos próximos 30 meses, o Banco do Brasil (BB) será o único responsável pela distribuição de notas e moedas aos sistema financeiro do país. O BB é um tradicional distribuidor de dinheiro para o sistema financeiro, mas, desde 1965, com a criação do Banco Central (BC), essa atividade era dividida com a autoridade monetária. Pelo acordo assinado nesta terça-feira (4/7), porém, o BC deixará de atuar nas dez capitais em que possui escritórios e transferirá toda a custódia de meios circulantes (moedas e cédulas) para o BB, que atenderá à demanda por meio de 2.620 pontos espalhados pelo país.
Com isso, o BC se concentrará em supervisionar e regular a circulação de cédulas e moedas. De acordo com comunicado à imprensa, o BC pretende que o acordo aumente a oferta de troco, por meio da criação de guichês especiais de atendimento à população. Outro objetivo é tornar os custos do sistema mais visíveis, a fim de facilitar a gestão, e reduzir as próprias despesas. O BC estima que gasta, por ano, 22 milhões de reais para atender à demanda por meios circulantes.
O acordo atende à Circular 3.298, de 1º de novembro de 2005, na qual o Conselho Monetário Nacional reviu o papel do BC e determinou que a instituição se limitasse à fiscalização e regulamentação da custódia de dinheiro.
Após 30 meses, o acordo permite que outros bancos privados solicitem ao BC autorização para também distribuir cédulas e moedas. Para tanto, deverão atender alguns requisitos, como possuir caixa-forte e transporte próprios. As instituições poderão cobrar uma taxa sobre as operações. De acordo com o Banco Central, a taxa não será uma importante fonte de receita para os bancos, já que o percentual cobrado sobre cada distribuição será suficiente apenas para cobrir os custos.
Nas dez localidades atendidas pelo BC, a distribuição era feita gratuitamente. Já o BB cobra 0,016% sobre cada operação. De acordo com o BC, a tendência é de que a taxa caia para 0,008% e 0,010%.
Os dados sobre meio circulante são atualizados a cada hora pelo BC. Por volta das 18 horas desta terça-feira, o país dispunha de 66,026 bilhões de reais em circulação, entre cédulas e moedas. O maior montante - 64,297 bilhões de reais - era representado pelas cédulas. Havia 3,138 bilhões de notas circulando na economia brasileira.