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Ator levantou US$ 690 mi com pirâmide e acordo falso para Netflix

Esquema Ponzi investigado pela SEC e pelo Departamento de Justiça envolve um ator que alegava ter contratos para revender filmes às gigantes de streaming

Letreiro famoso de Hollywood: ator mentiu sobre acordos com Netflix e HBO para montar esquema de pirâmide (Kevork Djansezian/Getty Images)

Letreiro famoso de Hollywood: ator mentiu sobre acordos com Netflix e HBO para montar esquema de pirâmide (Kevork Djansezian/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 7 de abril de 2021 às 10h18.

A Securities and Exchange Commission (SEC), o equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dos Estados Unidos, obteve um bloqueio de ativos contra um suposto esquema Ponzi -- conhecido também como pirâmide financeira -- de 690 milhões de dólares operado por um ator de Los Angeles, cidade de Hollywood.

Esse ator teria mentido sobre acordos para vender filmes para a Netflix e a HBO, duas gigantes do streaming e de estúdio.

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Zachary Horwitz e sua empresa, a 1inMM Capital, alegavam levantar dinheiro para comprar filmes que ele pretendia revender, disse a SEC em comunicado na terça-feira, dia 6. Na realidade, o ator não tinha nenhuma relação comercial com a Netflix ou a HBO e usava contratos e e-mails falsos para enganar investidores, de acordo com a SEC.

O Departamento de Justiça dos EUA divulgou outro comunicado segundo o qual o FBI prendeu Horwitz na terça-feira.

Ele usa o nome artístico Zach Avery e foi criminalmente acusado de captar 227 milhões de dólares, que ainda não foram reembolsados, como parte de um esquema em que falsamente alegava adquirir direitos dos filmes que a Netflix e a HBO distribuiriam no exterior, de acordo com o comunicado.

Um advogado que representa Horwitz não respondeu de imediato a um e-mail com pedido de comentários.

Embora Horwitz tenha prometido retornos superiores a 35% aos investidores, na verdade durante anos usou o dinheiro levantado de novos clientes para pagar os anteriores, disse a SEC. Ou seja, um funcionamento típico de pirâmide.

Horwitz gastou os fundos em despesas pessoais, como a compra de uma casa, viagens para Las Vegas e a contratação de um designer de interiores famoso, de acordo com o órgão que regula e fiscaliza o mercado de capitais.

Um tribunal federal na Califórnia marcou uma audiência para 19 de abril com o objetivo de determinar se o bloqueio de ativos deve continuar a ser executado como litígio contra os recursos de Horwitz, disse a SEC.

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