São Paulo – As ações do Itaú Unibanco foram as mais recomendadas pelas corretoras para o mês de abril, presentes em 12 das 19 carteiras recomendadas recebidas por EXAME.com.

Em segundo lugar, aparecem empatadas as ações da Cielo e da Suzano, com nove recomendações cada uma.

A maioria das carteiras superou o desempenho do Ibovespa, principal índice de referência da bolsa, que registrou queda de 0,84% no mês de março.

A maior rentabilidade foi registrada pela carteira da Spinelli, com alta de 6,02%. Na outa ponta, a Solidez ficou com o pior resultado, apresentando queda de 9,36% no mês. 

Conforme destaca o relatório do Citi, pesaram para a baixa do índice as dificuldades que o governo tem enfrentado na implementação das medidas de ajuste fiscal; a queda nos preços das commodities, com destaque para o minério de ferro; as pioras nas taxas de desemprego e inflação; e o resultado primário do governo, que apresentou déficit de 2,3 bilhões de reais.

A corretora também destaca que o mês foi marcado pela forte entrada de capital estrangeiro na Bovespa, impulsionada pelo preço atrativo do Ibovespa em dólar, e pelo encerramento da safra de balanços referentes ao quarto trimestre de 2014, que teve como destaques positivos os setores financeiro, de consumo e de papel e celulose.

Justificativa para as sugestões

As ações do Itaú (ITUB4) são recomendadas, segundo o relatório da Um Investimentos, pois existe uma expectativa de elevação no lucro do banco em 2015 diante da elevação da taxa de juros básica, Selic, que beneficia suas operações. 

Para a Geral Investimentos, as ações do Itaú são uma boa opção de compra pois o banco apresenta os melhores índices de rentabilidade do setor e tem sustentado uma política de controle de custos muito efetiva. A corretora também avalia que o Itaú tem mantido critérios de concessão de crédito bem ajustados, que têm propiciado a manutenção de baixos índices de inadimplência em sua carteira. 

Segundo Eduardo Nishio e Vito Ferreira, analistas da Geração Futuro/Brasil Plural, a Cielo (CIEL3) é indicada por ser considerada uma ação menos impactada pelos efeitos da atual crise econômica e pelas boas expectativas de resultados, diante da parceria anunciada com a BB Cartões.

De acordo com o relatório do Citi, o aumento do uso de cartões tem impulsionado o setor de meios de pagamento e a Cielo seria a empresa mais preparada para capturar esses ganhos, já que sua participação de mercado é superior a 50%. 

A indicação da Suzano (SUZB5), segundo o relatório do Bradesco/Ágora, se justifica pois a empresa deve elevar sua geração de caixa depois de ter alcançado a plena capacidade de produção em sua fábrica no Maranhão.

A corretora também destaca que a ação deve se beneficiar pelo aumento do preço da celulose, pela possibilidade de aprovação do uso de eucaliptos transgênicos, que poderá elevar sua produtividade florestal em 20%, e pela valorização do dólar.

Veja a seguir as carteiras de ações recomendadas para abril.

Ativa 

Desempenho em março: +2,37%. Desempenho no ano: +3,65%.

Papéis incluídos: Aliansce e Cielo. Papéis retirados: CCR e Valid. 

BB Investimentos

Desempenho em março: +2,8%. Desempenho no ano: +1,99%.

Papéis incluídos: CPFL, Eztec, Fibria e Suzano. Papéis retirados: Bradesco, BRF. Cemig Klabin

Bradesco/Ágora

Desempenho em março: +1,8%. Desempenho no ano: +0,3%.

Papéis incluídos: EDP Energias do Brasil e Embraer. Papéis retirados: Arteris e Valid.

Citi

Desempenho em março: +3,87%. Desempenho no ano: +5,7%.

Papel incluído: Lojas Americanas. Papel retirado: Pão de Açúcar.

Concórdia 

Desempenho em março: +3,77%. Desempenho no ano: +7,36%.

Papéis incluídos: AES Tietê, Copasa, Grendene, JBS e Weg. Papéis retirados: BRF, Cielo, Embraer, Pão de Açúcar e Taesa. 

Elite

Desempenho em março: -0,92%. Desempenho no ano: -0,50%.

Papel incluído: Qualicorp. Papel retirado: Cosan.

Geração Futuro/Brasil Plural

Desempenho em março: -4,6%. Desempenho no ano: -0,53%.

Papel incluído: Cosan. Papel retirado: Ecorodovias.

Geral Investimentos

Desempenho em março: +4,05%. Desempenho no ano: +9,05%.

Papel incluído: Raia Drogasil. Papel retirado: Bradesco

Gradual Investimentos

Desempenho em março: -1,11%. Desempenho no ano: +7,72%.

Papéis incluídos: Bematech, Ecorodovias, Petrobras e Usiminas. Papéis retirados: BB Seguridade, Cetip, Vale e Weg.

Lerosa

Desempenho em março: +2,05%. Desempenho no ano: +1,15%.

Papéis incluídos: BM&FBovespa e Cetip. Papel retirado: Petrobras.  

Magliano

Desempenho em março: +2,47%. Desempenho no ano: +3,9.

Papéis incluídos: M. Dias Branco e Ultrapar. Papéis retirados: Embraer, Localiza e Suzano.

*Preço-alvo relativo a dezembro de 2015

Planner

Desempenho em março: -0,18%. Desempenho no ano: +0,79%.

Papéis incluídos: Estácio, Marcopolo, Natura e Taesa. Papéis retirados: Arteris, Magazine Luiza, SLC e TIM Participações. 

Quantitas

Desempenho em março: +2,15%. Desempenho no ano: +0,22%.

Papéis incluídos: Aliansce, Bradesco, Eztec, M. Dias Branco e Randon. Papéis retirados: Alupar, Itaúsa e Valid.

Rico

Desempenho em março: +0,53%. Desempenho no ano: -1,0%.

Papéis incluídos: BB Seguridade, BM&FBovespa, CPFL e Duratex. Papéis retirados: BRF, Ecorodovias, Suzano e Tupy. 

Santander

Desempenho em março: +0,89%. Desempenho no ano: -2,78%.

Papel incluído: CPFL Energia. Papel retirado: Ecorodovias.

Solidez 

Desempenho em março: -9,86%. Desempenho no ano: -11,95%.

Papéis incluídos: Petrobras e Marfrig. Papéis retirados: Dasa e Iochpe-Maxion.

Spinelli

Desempenho em março: +6,02%. Desempenho no ano: +1,74%.

Papéis incluídos: Alupar e Valid. Papéis retirados: BB Seguridade, CCR e Fleury.

Souza Barros

Desempenho em março: +5,13%. Desempenho no ano: +11,65%.

Papéis incluídos: M. Dias Branco e Suzano. Papéis retirados: Fibria e Itaú.

Walpires

Desempenho em março: +1,45%. Desempenho no ano: +9,2%.

Papéis incluídos: Duratex, Iguatemi, Lojas Renner, Paranapanema, Petrobras, Raia Drogasil e Ultrapar. Papéis retirados: Alpargatas, Bradesco, Braskem, BM&Fbovespa, CCR, Cosan, Iochpe-Maxion, JBS e Odontoprev.