São Paulo - Depois de terem caído para a terceira colocação no mês passado, as ações do
Itaú Unibanco (
ITUB4) voltaram para o topo das indicações de corretoras e bancos para outubro. O primeiro lugar foi dividido com
Ambev (
ABEV3) e
Petrobras (
PETR4). As três companhias foram sugeridas em 10 das 19 carteiras recomendadas de ações recebidas por
EXAME.com neste mês. Na segunda colocação, a varejista
Renner (
LREN3) teve nove indicações. Já a
BRF (
BRFS3), que foi citada oito vezes, ficou em terceiro lugar e completou o pódio. No mês de setembro, a carteira com melhor desempenho foi a da Nova Futura, que registrou valorização de 4,15%, uma alta bem maior que o resultado do
Ibovespa, que avançou 0,80% no período. Na outra ponta, a carteira da Socopa apresentou o pior desempenho no mês passado, uma queda de 2,51% —foi a única carteira entre as 19 que registrou perda em setembro.
As mais indicadas No geral, as avaliações para o Itaú enfatizam que o banco combina múltiplos atrativos, boa gestão e forte capacidade de entrega de resultados. "Vemos o banco entregando ROE [retorno sobre patrimônio] superior a 20% este ano, na esteira de bom controle de custos, qualidade de ativos e boa performance com operações non-credit", disse a equipe de análise da Socopa. Para a corretora, independente de fundamentos, o principal driver do papel do Itaú deve continuar sendo o forte ingresso de capital estrangeiro na
Bovespa. Já para Ambev, no geral, as avaliações são de que a companhia vai continuar se beneficiando do atual cenário macroeconômico desafiador. "As altas margens de rentabilidade, ganhos de market share, forte geração de caixa e perfil pagador de dividendo oferece previsibilidade
importante nesse cenário para a companhia", afirmou a equipe de análise da Geral Investimentos. Para a corretora, a Ambev deve continuar buscando um equilíbrio entre volumes, preços e mix de vendas. "A atuação na região Norte e Nordeste está se tornando cada vez mais forte e a companhia está aumentando a disponibilidade de seu portfolio por lá", disse. Sobre a Petrobras, no geral, as avaliações destacam a divulgação do novo plano de negócios da estatal para o período entre 2017 e 2021, que foi bem recebido pelo mercado. "A companhia efetuou um corte de cerca de 25% nos investimentos, os quais totalizarão US$ 74,1 bilhões. Não houve corte na meta de produção. De forma geral, os números vieram consistentes, sendo a meta mais ousada, em nossa visão, a da redução do índice de endividamento", disse a
BB Investimentos.
Perspectivas Para este mês, os analistas mantêm o foco na votação da
PEC dos gastos públicos. Segundo a Bradesco Corretora, a PEC 241 e o ajuste fiscal "são sinônimos aos olhos do mercado". "Se a boa aceitação da PEC no Congresso em outubro for confirmada, os ativos financeiros devem ter ainda mais espaço para reagir positivamente neste e nos próximos meses", disse a corretora, ressaltando, no entanto, que somente isso não é suficiente para resolver a situação econômica do país. "Outras medidas deverão vir a reboque, e a mais fundamental é a reforma da previdência", afirmou. "Outras questões fiscais deverão ser crescentemente incorporadas aos preços ao longo do tempo: o tema
ajuste fiscal continuará a pautar os mercados por muito tempo."
Carteiras Navegue pelas fotos e compare as carteiras recomendadas por 19 corretoras para o mês de outubro. Elas estão organizadas por ordem alfabética.