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As ações que pagam dividendos mais indicadas para maio

AES Tietê, Cielo, Grendene e Vivo são as ações boas pagadoras de dividendos campeãs de recomendação em maio


	Moedas: perspectivas sobre a bolsa para maio são favoráveis, mas corretoras recomendam cautela
 (Ivan Mikhaylov/Thinkstock)

Moedas: perspectivas sobre a bolsa para maio são favoráveis, mas corretoras recomendam cautela (Ivan Mikhaylov/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2016 às 15h56.

São Paulo – As ações da empresa de geração de energia elétrica AES Tietê lideraram as recomendações de corretoras para maio, dentre as ações boas pagadoras de dividendos. Os papéis foram sugeridos em cinco das nove carteiras de dividendos recebidas por EXAME.com. 

Em segundo lugar, empatadas, ficaram as ações da Cielo, Grendene e Telefônica Vivo. Elas receberam quatro indicações cada uma.

Os dividendos são os lucros repassados pelas empresas aos seus acionistas. As ações que pagam mais dividendos costumam ser líderes de mercado ou operar em setores com demanda estável, como o de energia e o financeiro. Por serem negócios menos voláteis, a exigência de reinvestimento dos lucros na empresa é baixa, o que permite que sejam distribuídos lucros maiores aos investidores.

Essas características também levam esse tipo de ação a não oscilar tanto na bolsa como as de outras empresas, mais sensíveis a mudanças no cenário econômico. Por essa razão, as ações boas pagadoras de dividendos são chamadas também de ações defensivas.

Veja também as carteiras de ações recomendadas por 18 corretoras para maio.

Justificativas para as indicações

Para justificar a indicação da AES Tietê (TIET11), a corretora do Santander afirma que o balanço da empresa referente ao último trimestre de 2015 comprova que ela tem apresentado avanços operacionais. Os analistas afirmam ainda que, com a recuperação do volume de água de seus reservatórios ao longo deste ano e do fim do ano passado, seus resultados devem evoluir ainda mais.

A Guide também destaca que a AES Titetê possui um parque de usinas com 17 hidrelétricas e reorganizou todo seu quadro societário, dissipando as dúvidas sobre o interesse pelo Brasil do grupo controlador americano, AES. "Acreditamos que isso pode abrir caminho também para que a empresa se torne mais atuante no setor elétrico brasileiro, no segmento de geração", diz o relatório da Guide.

Já a Cielo (CIEL3) é sugerida, segundo as corretoras, porque o setor de meio de pagamentos tem um forte potencial de expansão no Brasil com o crescimento do uso de cartões de crédito. Os analistas do Citi ressaltam que o segmento tem crescido acima da média do setor de varejo e a Cielo, por ser líder de mercado, está bem posicionada para capturar esse movimento. A corretora prevê que o lucro por ação (LPA) da empresa crescerá 10% em 2015, 15% em 2017 e 18% em 2018.

A Planner destaca que a Grendene (GRND3) será mantida em sua carteira porque distribuirá dividendos e juros sobre capital próprio no dia 05 de maio. A corretora afirma ainda que, apesar da queda no volume de vendas e na receita líquida no primeiro trimestre de 2016, a empresa apresentou crescimento no lucro líquido – que somou 1,4 bilhão de reais em março – como resultado do seu bom desempenho financeiro.

A Telefônica Vivo (VIVT4) é indicada, segundo os analistas da Guide, porque a empresa é líder em telecomunicações no país, com 106 milhões de clientes, e tem apresentado bons resultados mesmo em momentos de crise, o que deve mantê-la à frente dos concorrentes. A corretora também destaca que a empresa tem distribuído bons dividendos - de cerca de 5,4% do valor da ação - e está sendo negociada a um preço atrativo, considerando que ela apresenta baixos riscos.

Desempenho em abril

No mês de abril, o Idiv (Índice Dividendos), que mede o comportamento das ações boas pagadoras de lucro subiu 12,4%, resultado superior ao do Ibovespa, o principal índice de referência da bolsa, que subiu 7,7%.

Todas as carteiras de dividendos recebidas por EXAME.com registraram resultados inferiores aos do Idiv e do Ibovespa. O melhor desempenho foi apresentado pela carteira do Citi, que subiu 5,9%. Já a carteira da Guide registrou o pior retorno, leve alta de 0,1%.

De acordo com o relatório da Rico, ativos mais agressivos, que fazem parte de setores cíclicos da economia ou possuem resultados atrelados às commodities subiram fortemente no mês com o avanço dos preços das commodities no mundo todo e com o aumento da probabilidade de impeachment. "Dessa forma, aqueles considerados defensivos reportaram rentabilidade inferior ao principal índice da bolsa brasileira”, afirmam os analistas da Rico.

Perspectivas

As corretoras destacam que as projeções são de estabilidade para o cenário externo, sem grandes sobressaltos nas economias americana, que deve manter seus juros básicos inalterados, e chinesa, que vem se recuperando lentamente e puxando os preços das commodities.

Internamente, a crise política deve continuar no centro das atenções. Analistas ressaltam que as perspectivas para a bolsa são favoráveis diante do avanço do processo de impeachment,  cuja abertura no Senado será votada no dia 11 de maio.

“Apostando no otimismo interno e do investidor estrangeiro, vemos a provável mudança de Governo em maio como catalisador da bolsa”, diz o relatório da Ativa.

A Guide Investimentos também acredita que a bolsa pode ganhar mais algum impulso no mês de maio, mas afirma que é necessário manter a cautela. “Ainda há espaço para melhoras, mas começamos a pensar no período que sucederá o evento de ruptura, e que pode contar com correções. O quadro externo, após rali recente, também pode se mostrar menos favorável do que nos últimos meses.”

Confira a seguir as carteiras recomendadas de dividendos para maio.

Ativa

Desempenho em abril: +5,06%. Desempenho no ano: +3,59%.

Não foram realizadas alterações na carteira.

Ação Preço-alvo Yield estimado para 2016 Peso
Ambev (ABEV3) ND ND 20%
Cielo (CIEL3) ND ND 20%
Itaú Unibanco (ITUB4) ND ND 20%
Metal Leve (LEVE3) ND ND 20%
SulAmérica (SULA11) ND ND 20%

Citi

Desempenho em abril: +5,9%. Desempenho no ano: +8.9%.

Não foram realizadas alterações na carteira para maio.

Ação Preço-alvo Yield Estimado para 2016 Peso
AES Tietê (TIET11) R$ 16,70 10,6% 20%
Ambev (ABEV3) R$ 23,00 4,60% 20%
BB Seguridade (BBSE3) R$ 32,80 6,00% 20%
Cielo (CIEL3) R$ 40,00 1,80% 20%
Sabesp (SBSP3) R$ 28,70 1,80% 20%

Coinvalores

Desempenho em abril: +5,36%. Desempenho no ano: +35,62%.

Ações incluídas: Cosan, Grendene, MRV e Multiplus. Ações retiradas: Celesc, Copel, CVC, Smiles e Telefônica Vivo.

Ação Preço-alvo Yield estimado para 2016 Peso
AES Tietê (TIET11) ND ND 20.0%
Cosan (CSAN3) ND ND 20.0%
Grendene (GRND3) ND ND 20.0%
MRV (MRV3) ND ND 20.0%
Multiplus (MPLU3) ND ND 20.0%

Guide

Desempenho em abril: +0,01%. Desempenho no ano: +13,71%

Ação incluída: Smiles. Ação retirada: Ambev.

Ação Preço-alvo Yield Estimado para 2016 Peso
AES Tietê (TIET11) ND 11,8% 20%
Alupar (ALUP11) ND 8,0% 20%
Smiles (SMLE3) ND 9,0% 20%
Taesa (TAEE11) ND 10,6% 20%
Telefônica Brasil (VIVT4) ND 5,4% 20%

Magliano

Desempenho em abril: +2.7%. Desempenho no ano: +19.5%.

Não houve alterações na carteira para maio.

Ação Preço-alvo Yield Estimado para 2016 Peso
Comgás (CGAS5) ND 5,64% 33,33%
Eletropaulo (ELPL4) ND 0,60% 33,33%
Telefônica Brasil (VIVT4) ND 2,02% 33,33%

Planner

Desempenho em abril: +3,87%. Desempenho no ano: +21,25%.

Ações incluídas: Banco do Brasil, Gerdau, MRV Energia e Multiplus. Ações retiradas: Copel, Eztec, Itaúsa e Totvs.

Ação Preço-alvo Yield estimado para 2016 20%
Banco do Brasil (BBAS3) R$ 23,50 5,0% 20%
Gerdau (GGBR4) R$ 4,80 2.0% 20%
Grendene (GRND3) R$ 18,00 6,9% 20%
MRV Engenharia (MRVE3) R$ 12,50 4,4% 20%
Multiplus (MPLU3) R$ 39,00 7,6% 20%

Quantitas

Desempenho em abril: +4,61%. Desempenho no ano: +15,52%.

Não foram realizadas alterações na carteira.

Ação Preço-alvo Yield estimado para 2015 Peso
BB Seguridade (BBSE3) ND ND 12,50%
Bradesco (BBDC4) ND ND 12,50%
Braskem (BRKM5) ND ND 12,50%
Cielo (CIEL3) ND ND 12,50%
CPFL (CPFE3) ND ND 12,50%
Grendene (GRND3) ND ND 12,50%
Itaúsa (ITSA4) ND ND 12,50%
Telefônica Vivo (VIVT4) ND ND 12,50%

Rico

Desempenho em abril: +2,38%. Desempenho no ano: +15,32%.

Ações incluídas: Alupar, AES Tietê, Eletropaulo e Itaúsa. Ações retiradas: Banco do Brasil, BB Seguridade, Natura e Transmissão Paulista.

Ação Preço-alvo Yield Estimado para 2015 Pesos
AES Tietê (TIET11) ND ND 12,50%
Alupar (ALUP11) ND ND 12,50%
Eletropaulo (ELPL4) ND ND 12,50%
Equatorial (EQTL3) ND ND 12,50%
Grendene (GRND3) ND ND 12,50%
Itaúsa (ITSA4) ND ND 12,50%
Metal Leve (LEVE3) ND ND 12,50%
Telefônica Vivo (VIVT4) ND ND 12,50%

Santander

Desempenho em abril: +4,92%. Desempenho no ano: +22,87%.

Ação incluída: CPFL Energia. Ação retirada: Porto Seguro.

Ação Preço-alvo* Yield Estimado para 2016 Peso
AES Tietê (TIET11) R$ 18,70 11,7% 12%
Alupar (ALUP11) R$ 15,70 8,3% 14%
Banco do Brasil (BBAS3) ND 4,9% 18%
BB Seguridade (BBSE3) R$ 40,00 5,7% 10%
Cielo (CIEL3) R$ 36,00 2,0% 12%
CPFL Energia (CPFE3) ND 4,8% 12%
Itaú (ITUB4) ND 5,0% 20%
Taesa (TAEE11) ND 10,8% 12%
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