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Aquisições no setor de serviços financeiros são opção para reação do Bradesco

Compra de empresas como seguradoras e administradoras de recursos são o caminho mais indicado para o banco retomar a liderança perdida para o Itaú, segundo analistas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

Realizar novas aquisições é o caminho indicado pelos especialistas para que o Bradesco recupere a liderança do ranking dos maiores bancos privados do Brasil, pelo critério de ativos totais. O posto de número um foi perdido no final do terceiro trimestre para o seu maior concorrente, o Itaú, segundo números do Banco Central. Partir para as compras é o conselho dos analistas que acompanham o setor bancário. "É certeza que o Bradesco vai procurar novas aquisições para voltar ao topo do ranking", diz o estrategista de renda variável da Link Corretora, Celso Boin Júnior.

Na última segunda-feira (4/12), o Banco Central divulgou um levantamento relativo a setembro de 2006 que mostra que, com a aquisição do BankBoston, o Itaú elevou para 201, 3 bilhões de reais seu total de ativos, ultrapassando o Bradesco, que reportou 195,7 bilhões de reais.

Segundo Boin, a queda na taxa básica de juros (Selic) reduziu a margem de lucro dos bancos, fazendo com que eles repensassem suas estratégias. "Para trabalhar com margem de lucro menor, é preciso alavancar no volume", afirma o estrategista da Link. "Agora, os bancos só têm dois caminhos: ou crescem internamente ou compram outras instituições", diz uma fonte que preferiu não se identificar.

Daqui por diante, de acordo com Boin, os bancos devem buscar cada vez mais novas aquisições, principalmente em setores ligados a serviços financeiros, como seguradoras, administradoras de recursos e financeiras.

Rentabilidade

Para os investidores, no entanto, mais importante que elevar os ativos é aumentar a rentabilidade. "O que o acionista quer é retorno para suas aplicações. Não importa muito se o banco é o primeiro, segundo o terceiro no ranking, mas sim se o rendimento está de acordo com suas expectativas", diz um analista.

O Itaú conseguiu oferecer 35% de retorno aos acionistas este ano, valor considerando extremamente alto. Para Boin, o banco foi beneficiado por dois fatores: a queda na taxa de juros, juntamente com o crescente volume de operações. "Esse resultado foi excepcional e não deve se repetir nos próximos meses. Provavelmente continuará alto, acima do apresentado pelo Bradesco, mas abaixo dos 35%", diz.

Boin acredita que a rentabilidade do Bradesco deve variar entre 20% e 25% nos próximos meses e a do Itaú, entre 25% e 30%. "O Itaú deverá ter um rendimento melhor devido aos investimentos que fez. É esperado para o segundo semestrede 2007 o retorno dos investimentos na Taií e, no final do ano, os da compra do BankBoston".

Critérios

Procurado por EXAME para comentar o resultado do levantamento do Banco Central, o Bradesco limitou-se a afirmar que "o ranking compara critérios diferentes aos divulgados pelos balanços dos bancos. O Bradesco reportou total de ativos consolidados de 243,2 bilhões de reais em setembro de 2006".

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