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App de ex-sócios da Rico facilita investir no Tesouro Direto com R$ 1

Aplicativo Diin quer atrair quem ainda está na poupança e terá um organizador de gastos e um simulador de objetivos a partir de fevereiro

 (Classen Rafael/EyeEm/Getty Images)

(Classen Rafael/EyeEm/Getty Images)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 05h00.

Última atualização em 15 de janeiro de 2019 às 05h00.

São Paulo - Um aplicativo criado por ex-sócios da corretora Rico, do Grupo XP, quer facilitar o investimento em títulos do Tesouro Direto com a partir de 1 real. O Diin pretende atrair quem ainda está na poupança e tem pouco dinheiro para investir, mas quer experimentar o Tesouro Direto para ter um rendimento maior.

A startup quer incentivar os usuários a poupar por meio de um aplicativo intuitivo. Lançado em outubro, o app está disponível para smartphones Android e iOS. Em fevereiro, o aplicativo terá duas novas funcionalidades: um organizador, para controlar os ganhos e gastos, e um simulador de objetivos, que mostra quanto é preciso guardar para realizar algo.

Depois de baixar o app, é preciso fazer um cadastro e enviar o primeiro valor para ser investido, por meio de transferência bancária ou de boleto bancário. A empresa aplica o dinheiro dos clientes em títulos públicos atrelados à taxa básica de juro, a Selic. As aplicações ficam no nome da Diin, que atua como uma instituição de pagamentos, regulamentada pelo Banco Central.

O investidor pode resgatar o dinheiro a qualquer momento. A empresa remunera com rendimento de 89% do CDI, uma taxa quase igual à Selic. O rendimento é abaixo do que outros bancos e corretoras oferecem, de 100% da Selic.

No entanto, diferente de bancos e corretoras, a fintech não cobra do investidor a taxa de custódia do Tesouro Direto, de 0,25% ao ano. Ou seja, no final das contas, a diferença é pequena, especialmente para quem investe pouco dinheiro.

Por exemplo, com a Selic em 6,5% ao ano, ao investir 100 reais todo mês durante um ano, o investidor resgata no final do período R$ 1.230,92 na Diin e R$1.231,72 em outro banco ou corretora que não cobre taxa de administração, mas cobre taxa de custódia de 0,25% ao ano.  

“A vantagem de investir na Diin é a simplicidade e a possibilidade de investir a partir de 1 real no Tesouro Direto", diz Monica Saccarelli, CEO e fundadora da fintech. Nos bancos e corretoras, é possível investir no Tesouro Direto com a partir de 30 reais. 

Além disso, para evitar que seus clientes paguem pelas transferências via TED ou DOC, a fintech disponibiliza contas nos bancos Itaú, Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Banco Inter e Caixa, para onde o investidor envia o valor desejado.

Vale lembrar que os títulos do Tesouro Direto são a modalidade de investimento mais segura do mercado. Ao comprar um título público, o investidor empresta dinheiro ao governo federal em troca de remuneração. A chance do governo dar calote no investidor é próxima de zero, menor que a de um banco.

Desafio dos 21 dias

No fim do ano, a Diin lançou uma funcionalidade no aplicativo para ensinar os usuários a criar o hábito de poupar em apenas 21 dias, chamado “Desafio 21”. A ideia é que guardar dinheiro com frequência se torne natural, até para quem não tem dinheiro sobrando.

O desafio é: comece com um real e, a cada dia, acrescente mais um real ao valor guardado do dia anterior. Depois de 21 dias, a quantia poupada é de 231 reais. Se o investidor esquecer de realizar o depósito, retorna para a estaca zero.

Essa teoria dos 21 dias foi criada por Maxwell Maltz, um cirurgião plástico e psicólogo que ganhou fama na década de 1960. Ele observou que seus pacientes percebiam plenamente os benefícios promovidos pelas cirurgias somente 21 dias após a operação.

Segundo o médico, esse é o tempo necessário para o cérebro reprogramar uma percepção. Ou seja, só depois de 21 dias consecutivos repetindo um hábito, é possível mudar um comportamento. Assim, a frequência é mais importante do que o valor guardado.

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