São Paulo: cidade se mantém na liderança quando se trata de preço do aluguel (Filipe Frazão/Istockphoto/Getty Images)
Marília Almeida
Publicado em 16 de outubro de 2018 às 05h00.
Última atualização em 16 de outubro de 2018 às 05h00.
São Paulo – O preço do aluguel de imóveis estabilizou em setembro após nove meses seguidos de alta, segundo o Índice FipeZap. O indicador acompanha o preço médio de imóveis anunciados para alugar em 15 cidades brasileiras.
Em setembro, a variação média ficou em -0,01%, abaixo da inflação medida pelo IPCA no mesmo período, de 0,48%.
No ano, o preço médio de locação acumulou alta de 2,06%. Já nos últimos 12 meses, o avanço acumulado foi de 1,72%, enquanto a inflação acumulada no mesmo período foi de 4,53%.
Isso significa que, considerando a inflação, o preço médio dos imóveis sofreu uma queda real nos últimos 12 meses. Por isso, locatários têm poder de barganha para negociar preço na hora de fechar contrato ou reajustar o aluguel.
Em setembro, 9 das 15 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap registraram alta no preço médio do aluguel residencial, com destaque para as variações observadas em São Bernardo do Campo (2,28%), Belo Horizonte (1,13%) e Recife (0,92%).
Já entre as cidades que registraram queda nos preços de locação residencial no período, vale citar Fortaleza (-1,32%), Rio de Janeiro (-0,54%) e Goiânia (-0,41%). Nas cidades em que o preço está caindo, o poder do locatário para negociar preço é maior.
A seguir, confira o preço médio do metro quadrado anunciado para locação e a variação dos preços nas 15 cidades pesquisadas pelo Índice FipeZap.
Cidade | Preço médio do metro quadrado em setembro | Variação do preço em setembro | Variação do preço em 2018 | Variação do preço nos últimos 12 meses |
---|---|---|---|---|
São Paulo | R$ 36,95 | -0,18% | 3,69% | 3,92% |
Rio de Janeiro | R$ 30,44 | -0,54% | -2,39% | -4,26% |
Santos | R$ 29,58 | 0,32% | 3,02% | 3,40% |
Distrito Federal | R$ 29,51 | -0,21% | 3,85% | 3,25% |
Recife | R$ 26,12 | 0,92% | 7,57% | 9,33% |
Florianópolis | R$ 22,91 | 0,79% | 2,59% | 2,65% |
Porto Alegre | R$ 21,36 | 0,22% | 1,57% | 0,99% |
Campinas | R$ 21,14 | 0,47% | 2,79% | 2,67% |
Belo Horizonte | R$ 20,67 | 1,13% | 4,08% | 3,49% |
Niterói | R$ 20,34 | -0,10% | -2,04% | -5,12% |
Salvador | R$ 20,13 | 0,25% | 2,51% | 3,08% |
São Bernardo do Campo | R$ 19,58 | 2,28% | 4,27% | 3,96% |
Curitiba | R$ 18,03 | 0,72% | 5,44% | 8,02% |
Goiânia | R$ 15,78 | -0,41% | 3,33% | 4,97% |
Fortaleza | R$ 15,59 | -1,32% | -3,49% | -4,56% |
Em setembro, o retorno médio para investidores que optaram por alugar seu imóvel foi de 4,40% ao ano. A taxa avalia o retorno médio que um proprietário teria em 12 meses com a locação do imóvel, sem considerar possível ganhos com valorização ou desvalorização decorrente do aumento ou da queda no preço dos imóveis no período.
A rentabilidade do aluguel é calculada por meio da divisão entre o preço médio de locação mensal e o preço médio de venda mensal. A taxa ao ano é obtida multiplicando-se o resultado por 12.
O retorno do aluguel de imóveis ficou abaixo da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. A taxa está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.
Ou seja, há outras opções de investimentos de renda fixa mais atraentes do que o aluguel de imóveis. Os fundos imobiliários também são alternativas para quem gosta de investir em imóveis, mas busca retornos maiores. Veja dicas para investir.