Invest

ANS define aumento de 6,06% para planos de saúde individuais

Reajuste é o menor em 17 anos, mas supera inflação oficial; aumento é retroativo a 1º de maio e será aplicado na data de aniversário dos contratos

Reajuste de planos de saúde: ANS define aumento de até 6,06%, impactando milhões de usuários no Brasil (Thomas Northcut/Thinkstock/Thinkstock)

Reajuste de planos de saúde: ANS define aumento de até 6,06%, impactando milhões de usuários no Brasil (Thomas Northcut/Thinkstock/Thinkstock)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 23 de junho de 2025 às 12h38.

Os planos de saúde individuais ou familiares terão reajuste de até 6,06% neste ano, conforme decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), anunciada nesta segunda-feira, 23.

O reajuste será válido retroativamente para o período entre 1º de maio de 2025 e 30 de abril de 2026 e será aplicado na data de aniversário de cada contrato.

Este é o menor reajuste registrado em 17 anos, com exceção de 2020, quando os planos de saúde reduziram seus valores devido à pandemia de Covid-19. O reajuste anterior mais baixo foi em 2008, com 5,48%.

O percentual estabelecido pela ANS também confirma as expectativas de analistas do setor. Em 2023, o aumento máximo foi de 9,63% e, em 2024, o teto foi de 6,91%.

Limites de reajuste definidos pela ANS ao longo dos anos (Divulgação/ ANS)

Apesar de ser o mais baixo dos últimos anos, o reajuste de 6,06% supera a inflação média do período. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para as metas de inflação do governo, ficou em 5,32% nos últimos 12 meses.

A ANS calcula o reajuste com base na variação dos custos médico-hospitalares e na inflação oficial, com o subitem plano de saúde descontado da fórmula.

O impacto afeta aproximadamente 8,63 milhões de usuários de planos de saúde individuais no Brasil, representando 16,5% do total de brasileiros que possuem cobertura privada.

Reajuste também baliza planos coletivos

O índice de reajuste autorizado pela ANS pode ser aplicado somente a partir do mês de aniversário de cada contrato (Divulgação/ ANS)

Embora a correção seja aplicável apenas aos planos individuais, o índice anunciado serve como balizador para o reajuste de planos coletivos, tanto empresariais quanto aqueles por adesão.

Estes contratos não têm sua correção de preços regulada pela ANS, sendo negociada diretamente entre as operadoras e as empresas ou entidades de classe responsáveis.

Em 2024, a média de reajuste dos planos coletivos foi de 13,80%, com alguns contratos atingindo valores ainda mais altos.

Acompanhe tudo sobre:ANSPlanos de saúdeReajustes de preços

Mais de Invest

Vibra lidera baixas do Ibovespa com rumores de retorno da Petrobras ao varejo

CEOs de Wall Street alertam para impacto das tarifas na inflação e na economia dos EUA

Bolsa Família de julho: pagamento começa nesta sexta-feira; veja calendário

WEG e Usiminas divulgam balanços na próxima semana; confira o calendário completo do segundo tri